E o ônibus passa apressado, desviando de pessoas que você já encontrou, já esbarrou ou talvez nunca viu. Sentado ao seu lado está alguém que pega o mesmo ônibus que você, todos os dias, no mesmo horário e ninguém percebeu. O cobrador poderia ser seu amigo, seu vizinho ou somente o cara que te ensinou o ponto errado na hora de descer.
Pessoas, são só mais um atrapalho se enfileirando nos caixas, nas lojas, na porta do ônibus que você sobe ou desce, obstruindo o caminho e mesmo em meio a tanta gente você se sente só. Não faz parte da multidão. Afinal, uma multidão é uma multidão, eles lá e você aqui, a multidão não se abre para você passar, mas você vê a trilha imaginária fluindo entre a massa homogênia de braços, pernas e cabelos. A multidão não tem olhos e nem boca, ninguém vê ou diz nada, são cegos, surdos e mudos e só você é diferente, você é um EU, um ponto jogado a esmo num conjunto de outras coisas.
Atropelando pensamentos com os passos apressados na rua esburacada e trombando com mendigos invisíveis. Os sons são de tal forma filtrados que nada é ouvido. O caminhar vira uma perambulação, como se tivesse um imã onde você quer chegar e quando percebe já está lá. O caminho é simplesmente esquecido, despercebido.
Quase nunca você para. Estuda, trabalha, assiste TV, ouve música, joga conversa fora, namora, dorme, anda de ônibus. E a vida vai passando, durante esse percurso ninguém sente o vento, percebe o sol, observa as estrelas no céu, ninguém sorri para você na rua, ninguém ajuda um idoso a atravessar, ninguém diz bom dia, ninguém te enxerga.
E no ônibus, enquanto a cidade passa por você, mil problemas rondam sua mente, onde deveria estar, o que deveria estar fazendo, o barulho dos carros abafa o canto dos pássaros, a viagem torna-se apenas chegada, o caminho é empecilho, atrapalho.
Não somos humanos, somos coisas vagando de um lado para outro, procurando papéis encardidos para por um pouco de comida no prato. Somos todos feitos de desejos efêmeros e você corre atrás da felicidade como se ela fosse algo que pudesse ser alcançada.. como se a felicidade fosse palpável, como se fosse uma coisa pronta, como um macarrão instantâneo...
No ônibus, na calçada, em casa, na vida... talvez tenha chegado a hora de esquecer toda a maluquice, toda a pressa, todo o corre-corre e se questionar o porquê de tudo isso. Talvez tenha chegado a hora em que a multidão virará pessoas de verdade com suas diferenças e semelhanças e que você fará parte dela. Talvez tenha chegado a hora em que você precise apenas se deixar sentir.
quinta-feira, 28 de abril de 2011
...
Devaneado por: Marília Domingues às 00:00quarta-feira, 27 de abril de 2011
A uma flor
Devaneado por: Marília Domingues às 18:28Ontem eu vi um Boto,
Mas por que parar? Se de boto eu nada sei
nada sei de mais, nada sei de animais.
Só sei de flores, de cheiros e de perfumes
Com Boto eu nem me bato
sei de olfato e de fato nada sei
E o que mais? Mais nada.
Boto é bicho, animal, hora vem, hora volta, interage
Flor, sinto o cheiro e o espinho e no fim murcha... e morre!
Palavrinhas confusão, dor, Fragmentos, palavras, sentimentos
domingo, 11 de julho de 2010
Arrogância!
Devaneado por: Marília Domingues às 17:07Acho que atirei um software na cruz, não encontro outra explicação!
Todo período é a mesma coisa.. primeiro problemas para usar o Corel Draw para diagramar (aprender a mexer em "tudo" e o computador como sempre travando), depois o Sound Forge para edição de áudio e novamente a mesma coisa. Agora o Adobe Premiere para edição de vídeo. Sorte que sempre tem alguém que sabe mais e te dá aquelas dicas, além de tutoriais, vídeo aulas e afins.
Ahhh, outra ferramenta da internet que quase sempre salva são os fóruns. É, eu disse QUASE sempre, algumas vezes não sou respondida, mas isso é o de menos, as pessoas podem estar ocupadas de mais para perder tempo com principiantes. Até ai tudo bem! mas hoje aconteceu um fato que me deixou realmente irritada.
Um tal de Luiz Moura, me respondeu no fórum de uma comunidade do orkut, nada de mais não é? Claro não fosse ele me criticando. "Básico do básico... Santa ignorancia Mais uma vez o problema está entre a cadeira e o teclado". Foi isso o que ele disse... e a ignorante sou eu não é mesmo? Não vejo problemas em perguntar quando estou com dúvidas, penso que é a melhor forma de me esclarecer, e a dúvida inclusive já tinha sido respondida por outra pessoa antes dele. Mas claro que o suuper profissional conceituado tinha que dar sua opinião. Revidei, óbvio!
"Luiz. É fácil para quem já sabe mexer chegar aqui e criticar quem está começando não é?Ajudar que é bom... Tá feliz agora? Espero q sim. "Básico do básico" será que é pq só estou mexendo no premiere há uma ou duas semanas sozinha e nunca tinha editado nada em lugar algum? E o problema realmente está entre a cadeira e o teclado, no seu caso! Ignorância é o que vc está fazendo... Pense bem, vc já deve ter passado por isso porque tenho certeza que vc não nasceu sabendo! Então se não quer ajudar... guarde seus comentários para você..."
Não quis ser mal educada apesar da vontade enorme que eu tive de mandar ele enfiar a cadeira, o teclado e o super ego dele no C#. Mas me contive, não descontei minha raiva e olha que já venho estressada há alguns dias por causa dessas benditas edições (vide: marijuana man ou minha caixinha de som). Nem o dia de hoje sendo tão especial tirou a raiva que eu estava sentido.
Porém não acabou por aí, desgraça pouca é bobagem e por que me estressar pouco se eu posso ficar realmente irritada?
"Eu não incentico a preguiça. A net está cheia de PDFs e video tutoriais a respeito desse assunto, aprenda a usar o google. e por favor faça um curso básico para não ficar pagando pau nas comunidades."
Quer me irritar mesmo não é? Pior que eu não sei responder, só dá vontade de xingar, mas também não sei xingar, aí da vontade de chorar, que por sua vez me dá sono, que tira minha atenção e aí não consigo ler os tutoriais para não haver necessidade de precisar de alguém como esse idiota!
"¬¬ Tanto sei usar o google como fiz tudo sozinha do trabalho. Apenas apareceu um problema e eu não soube resolver, não vi problema algum em perguntar para quem sabe mais que eu.. não pedi especificamente para vc. Perguntei e fui respondida, pior ficar na dúvida! Preguiça maior seria eu desistir de fazer o trabalho e pagar alguém! E a minha forma de aprender as coisas diz respeito apenas a mim. Se achou ruim não responda! Não vou mais perder meu tempo com vc! Só vim aqui porque estava encontrando dificuldades de principiante, se te incomoda tanto assim, lamento! "
Pensei novamente que iria acabar por aí... e antes de terminar de escrever este post o maldito colocou:
"Por favor faça um curso básico para não ficar pagando pau nas comunidades."
Aí sim fiquei possessa! Sério, tive até que dar uma saída para não socar a foto do imbecil no computador, pensei em um monte de coisas para responder, pensei em não responder porque vi que era isso o que ele queria, me provocar, me irritar, mas não é que ele estava conseguindo, ela já tinha conseguido e era um pouco tarde para ficar calma e calada!
"A comunidade não é sua, não sei onde vc quer chegar com tanta arrogância e não estou mais afim de discutir por causa dessa sua carência de atenção!"
Agora já chega, me calo senão não vou fazer mais nada somente trocando farpas com quem não merece minha atenção!
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
No escuro
Devaneado por: Marília Domingues às 17:40É como alguém com a visão perfeita, tateando no escuro.
Como se a luz tivesse acabado de apagar
E não se vê para onde vai.
E não se sabe como reagir, porque não é uma escuridão natural
Não é o que se está acostumado.
Com o tempo a visão tende a se adaptar...
Mas quanto tempo demora?
Será que esse escuro da cegueira da mente é assim tão intransponível?
Precisa-se encontrar algo que ilumine o caminho,
Os olhos teimam em não ver
E o tato que toca os cantos
Que tenta me conduzir não está apto para me levar a um destino seguro.
Sigo então cambaleante
Uma bêbada em meio aos obstáculos
Desafios que não vejo, apenas sinto, ainda sem entender bem o que significam.
Superfícies que não vejo...
Sigo cega
Tropeço não sei onde e caio não sei porque
Levanto ainda sem ver
E mesmo o tempo a passar, ainda estranho a realidade
Estranho o escuro.
Vejo sem ver que tudo é absurdo
Pra onde ir?
Se no escuro todos os lugares são iguais
Se tudo tem o mesmo tom?
E mesmo que eu toque, que eu sinta
Não sei o que é... não posso entender
Palavrinhas confusão
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Último post do ano
Devaneado por: Marília Domingues às 00:05Poderia fazer alguma retrospectiva, mas já fiz isso próximo ao meu aniversário. Poderia dizer o que pretendo fazer no ano que vem, mas sinceramente eu nem sei. A vida está muito repetitiva ultimamente, talvez eu só tente mudar algumas coisas, mudar o interior e o exterior vem de brinde.
Tudo no início é difícil, mas precisamos enfrentar os problemas para que eles deixem de ser NOSSOS e passem a ser apenas problemas. Quero ser livre finalmente para me deixar sentir e me deixar viver.
Talvez eu não seja perdoada por isso, mas é o que precisa ser feito. Espero ter coragem de chegar até o fim!
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
My way
Devaneado por: Marília Domingues às 21:54Eu sou uma criança, só quero brincar... Tô cansada dessas responsabilidades de gente grande. Não quero ser prejudicada por ser inocente, quero continuar a ser como sempre fui.
Eu preciso continuar a acreditar nas pessoas, num mundo melhor, preciso continuar a ver beleza nas besteiras do dia-a-dia, eu quero ser legal no sentido mais puro da palavra, não quero que me olhem com segundas intenções, nem que achem que eu faço as coisas dessa maneira.
Não estou dando mole para ninguém, eu apenas sou assim... Quero continuar a ser amável e meiga e não quero que a vida me endureça, quero ter o coração mole e não ter que precisar construir muros e mais muros todos os dias.
Eu quero poder correr na praia sem me importar se estão olhando para minhas celulites ou para minha loucura de tentar ser criança, quero dividir um sorvete, comer pipoca e assistir um filme com os amigos. Quero pic-nic.
Não quero nutrir sentimentos que fazem mal a mim, quero a simples complexidade de uma rosa desabrochando num dia de primavera, quero tomar banho de chuva e correr na rua. Quero abraços apertados e sem fim. Quero olhares conhecidos e sorrisos queridos...
Não quero pressa, quero ver o dia amanhecer na minha cama, dormir até tarde e tomar um banho bem demorado, comer frutas e jogar video-game. Quero comida caseira, feita com amor e dedicação de mãe. Quero achar graça numa borboleta voando e fazer gestos de alegria.
Eu quero simplesmente abrir os braços e sentir o vento no meu corpo suado. Quero deitar na grama e olhar o céu azul. Quero sentir areia nos pés.
Que importa a idade que o meu corpo tem? Eu só quero sentir o mundo de uma forma diferente...
Palavrinhas Besteirinhas, confusão, reflexão, sentimentos
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Acácias
Devaneado por: Marília Domingues às 11:53As Acácias ainda não chegaram...
Ou o fim está atrasado
Ou meu começo que insiste em andar devagar
O amarelo ainda está verde
E o chão não se cobre com um cobertor novo
Não se enfeita.
As Acácias, acho que estão cansadas
Devem estar, preguiçosas
Os olhos se voltam para as luzes que já começam a piscar
E o tapete de flores deve se espalhar logo pelo chão
Marcando o fim de mais uma estação
Logo tudo vai recomeçar
Palavrinhas Besteirinhas, confusão, Flores
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Tempo
Devaneado por: Marília Domingues às 14:24Faz tempo que não me sinto feliz
mas faz tempo também que tento aprender a ver a vida com outros olhos
Faz tempo que observo a lua
Que paro para ver um gatinho brincando
Faz tempo que me esqueço do tempo por alguns instantes
Faz tempo que volto a recordar que o tempo passa mesmo que eu não queira
Faz tempo que não sinto uma onda de calor a percorrer todo o meu corpo quando ouço uma voz
Faz tempo que não sinto um arrepio na pele ao sentir um toque
Faz tempo... faz tanto tempo que nem lembro mais como é
Faz tempo que tento ser outra pessoa
Faz tempo que as pessoas acham que eu tenho transtorno bipolar
Faz tempo que não consigo fingir ser quem não sou por muito tempo
Faz tempo que tento mostrar algo que não sinto
Faz tempo que sucumbo ao que sou.
Palavrinhas Besteirinhas, confusão, estado de espírito
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Since I don't have...
Devaneado por: Marília Domingues às 01:16Meu PC está aos bagulhos, não sei mais quanto tempo ele aguenta... Este fim de semana deu piti e ficou sem funcionar um tempo, travando o máximo possível e me deixando louca...
Meu canal está prosseguindo... Sexta que vem tem mais uma sessão tortura com o doutor fazendo canal sem anestesia porque quer sentir meu dente... (sei, ele que vai sentir ¬¬).
Fora do estágio e sem previsão de um emprego... O dinheiro está se esvaindo...
Parece que entrei numa onda de azar.
Meu dia está chegando, meu aniversário, há 22 anos atrás mamy estava se preparando para entrar na faca (Cesariana). Nunca me senti tão perdida como agora. Não sei o que fazer, como devo me sentir, não sei o que pensar. Minha cabeça anda confusa, fico reflexiva e depressiva por causa dessa reflexão. Estou passando por longos períodos de silêncio com os outros enquanto travo batalhas quase que em tempo integral comigo mesma.
Sempre estou pensando no ontem, pensar no amanhã é angustiante... Sempre quero voltar a algum ponto da minha vida, sempre lembro do que houve e não sei mais pensar no que haverá, essa incerteza está me matando. Outra coisa que me faz calar e refletir são sentimentos que não deveriam mais existir se o tempo realmente curasse tudo. "Sobra tanta falta". Essa saudade que insiste em não me abandonar, saudade não só de um amor, mas saudade de coisas tão simples, como uma companhia para comer batatinha no shopping.
Estou triste, não nego até porque já tentei muito disfarçar mas, qualquer pessoa que me conheça, que já tenha me olhado antes, percebe essa falta de brilho nos meus olhos, percebe uma tristeza em meus gestos, até meu sorriso parece forçado...
Ando agindo diferente ultimamente, saindo, "me divertindo", mas sempre falta alguma coisa, e eu sei o que é. Saio, os fins de semana não são mais os mesmos, até porque não aguento mais meu quarto, ele parece tão hostil, tem tanto que não é meu aqui, tanto que me traz o passado que insiste em estar presente na minha mente. As paredes se fecham, o ar quente torna-se escasso e preciso sair...
O meu dia se aproxima... e nunca me senti tão distante de mim, nunca estive tão sem identidade, sem saber quem sou ou qual meu propósito... Não sei mais quem sou, quem quero ser ou o que fui...
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Confusões mentais
Devaneado por: Marília Domingues às 00:03Se quisessem saber o que fiz
Fiz assim, de um jeito só meu
Se quisessem saber porque fiz
Não está escrito demasiado nos cadernos que não leu?
Fiz não só por fazer, fiz por querer
Para tentar entender
Fiz o que quis, tentei ser feliz
Não soube fazer...
O que eu fiz?
Não fiz nada, só pensei que fiz
Pensei em fazer
Mas não fiz nada...
Não fiz por mim, não fiz por você
Não fiz por ninguém...
Se quiserem me entender não vão
O que meus dedos pronunciam são palavras em vão
Nem eu me entendo, por isso não me explico então
Se quer saber o que digo, porque digo, te digo que não...
domingo, 11 de outubro de 2009
Confusões sobre sentimentos certos por motivos errados
Devaneado por: Marília Domingues às 21:00Senti um calor súbito nas minhas faces
Palavrinhas confusão
sábado, 10 de outubro de 2009
Alquimista
Devaneado por: Marília Domingues às 08:56
Sou apenas uma alquimista tentando transformar Ouro em Chumbo.
Palavrinhas confusão, estado de espírito, sentimentos
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Por que meu blog?
Devaneado por: Marília Domingues às 21:00Talvez eu seja muito infantil para ter um blog. O que é preciso para ter um blog? O que as prováveis pessoas que leem blogs, veriam de interessante no meu blog? Eu não sei.
Palavrinhas confusão
sábado, 1 de agosto de 2009
Quando percebi que não era mais eu.
Devaneado por: Marília Domingues às 20:20Palavrinhas confusão, palavras, Reflexões de uma sóbria
terça-feira, 21 de julho de 2009
Uma parte que eu não tenho (mais)
Devaneado por: Marília Domingues às 20:24sábado, 11 de julho de 2009
O encontro
Devaneado por: Marília Domingues às 22:40Tudo o que sei é que tinha o cabelo liso, comprido e loiro. Loiro não, castanho claro. Lembro dos seus olhos meio apertados, negros e dos lábios bem desenhados formando um "bico", muito sexy por sinal. Quando riu, mostrou uma falha entre os dentes, não os da frente, mas o suficiente para tornar o sorriso único.
Palavrinhas confusão, sentimentos
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Sobre o tempo ou esperanças vãs
Devaneado por: Marília Domingues às 23:37


Palavrinhas confusão
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Vazio
Devaneado por: Marília Domingues às 20:04Às vezes a chuva traz paz, outras vezes tristeza...
Às vezes apenas acentua o que estamos sentindo, vem o frio e a vontade de ficar abraçada com quem a gente ama... somente os dois na cama...
Pensando nisso, quando fui dormir, já de madrugada... agoniada, querendo escrever... saiu meio sem querer, tava escuro e não parei para ler, mas foi isso o que a chuva trouxe:
A cama estava vazia quando deitei
Palavrinhas confusão, estado de espírito, sentimentos, solidão
confusões de Marília
Devaneado por: Marília Domingues às 00:49Texto escrito há algum tempo...
Palavrinhas Besteirinhas, confusão, Confusões de Marília, Família
domingo, 19 de outubro de 2008
PASSEIO NA RUA
Devaneado por: Marília Domingues às 20:55Vejo tantos rostos desconhecidos, pessoas que também não sabem quem sou.
Sigo por caminhos estreitos, becos, lugares que eu não conheço.
Passeio por minha mente como passeio pelo centro da cidade.
Observo os desconhecidos, mas não os invejo, pois como eles, também, sou uma desconhecida para mim.
Sinto como se não pertencesse a lugar nenhum, pois não há nada que me prenda.
Procuro no escuro, sou uma cega.
Caminho sem sentido, sem direção, buscando apenas um sorriso, qualquer coisa.
Vivo de lembranças, de momentos que não voltam.
Vivo que quase não vivo só de lamentos, de pranto e de dor.
A estrada se desvencilha à minha frente.
Enquanto não me encontro, por entre tantos desencantos, tantos desenganos.
Marília 17/09/07 14:45 hs
Palavrinhas confusão