quinta-feira, 9 de julho de 2009

Sobre o tempo ou esperanças vãs


Ainda estava esperando o tempo mudar, o sol sair, tudo voltar ao normal, como se o tempo fosse contado apenas por estações. Ainda esperava que o vento fosse ameno, que refrescasse, acariciasse a pele. Ainda esperava sorrisos, e olhos gentis, e vozes, e gestos. Ainda esperava...


Andava perdida a esperar um não sei o quê que nunca aparecia, como se o que procurasse fosse físico, e mantinha-se esperançosa pensando que acharia um dia algo que mudasse sua vida.

O tempo mudava e ela não percebia... o sol saia, mas para ela sempre era noite, tudo era rotina e ela não conseguia achar normal, as estações não existiam... era apenas uma leve mudança no clima. O vento ficava forte, bagunçava seu cabelo. Não havia sorrisos, os olhares eram escondidos, os olhos acusadores, as vozes asperas e por vezes desesperadas. Gestos não existiam... ela não os via, apenas esperava... e esperava.

Andava perdida... e não se encontrava... apenas esperava o tempo mudar, o sol sair, as pessoas agirem, a vida passar. Até que a vida acabou e ela não se encontrou, porque não sabia o que estava procurando.

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