Amo João Pessoa, mesmo que ela não seja realmente minha, mesmo que eu nunca tenha visto o por-do-sol no Rio Sanhaua da Casa da Pólvora, mesmo que eu nunca tenha entrado no mosteiro... Mesmo que eu nunca tenha feito um roteiro desses que é destinado aos turistas.
Amo João Pessoa, mesmo que aqui o final de semana não tenha absolutamente nada para fazer. Amo a praia, mesmo que não possa deixar as coisas na areia para entrar no mar porque alguém pode roubar, mesmo que nas praias mais acessíveis eu saia me coçando da água..
Amo João Pessoa e um dos cartões postais da cidade tem o nome do meu pai (e outras características também). Parque SOLON de Lucena a Lagoa, mas é um lugarzinho escuro e sem vida que ninguém consegue passar muito tempo perto. (Apesar de prometerem uma reforma total - em andamento).
Amo João Pessoa, mesmo que eu tenha medo de sair na rua a qualquer hora do dia ou da noite. (Quando me mudei para cá, 8 anos atrás, era só durante a noite e nem tanto). Mesmo que eu já tenha sofrido tentativa de assalto no centro, na praia, no ônibus.. Mesmo que no são João eu tenha ficado confusa sobre se eram fogos ou tiros e quando me convenci que eram fogos, o noticiário disse que uma 'vizinha' tinha morrido baleada dentro de casa.
Amo João Pessoa, apesar de levar mais de 1h em pé num ônibus lotado para chegar no trabalho que fica a 20 minutos de carro. Mesmo que quando eu consiga sentar venha o povo da Manassés oferecer coisas inúteis por 2 reais sob a justificativa que poderia estar roubando. Ou ainda que esteja cheio de 'Mofi' ouvindo música da 'Okaida'.
Amo João Pessoa (Parahyba), mesmo que nossos símbolos históricos se confundam com crimes passionais e que a maioria da população não saiba ou não ligue para isso. Mesmo que estejam destruindo o que deveríamos nos orgulhar (como a mata verde, a esperança.. Vide Renata Arruda). Mesmo que o Centro Histórico esteja praticamente abandonado, esperando desabar para ser construído algo em seu lugar (?), ou que tenhamos perdido o titulo de cidade mais verde do Brasil. De que importa se mais veículos podem trafegar na Epitácio? Vamos fazer o mesmo com a Beira Rio?!
Amo João Pessoa e não conheço quase nada de seus 429 anos e o pouco que sei dos 8 anos que passei aqui é que devo ser masoquista por amar essa cidade, mas amo. Sei que os problemas não são só daqui, mas queria muito conhecer a cidade pacata e receptiva que tanto ouvi falar.
terça-feira, 5 de agosto de 2014
João Pessoa 429 anos: Apesar dos pesares...
Devaneado por: Marília Domingues às 18:55Palavrinhas aniversário, Coisas que acontecem, Fotos, reflexão, Tudo
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
3 anos
Devaneado por: Marília Domingues às 00:33Hoje o blog está fazendo 3 anos!
Parece uma eternidade... Por aqui já passaram alegrias, tristezas, trapalhadas, músicas, filmes, críticas políticas... enfim... um cem número de coisas.
Por hoje venho apenas comemorar e agradecer aos comentários, às visitas que sempre dão o ar da graça por aqui, mas que não falam nada e a quem só aparece de vez em quando.
Sem vocês esse blog não seria o mesmo.
Palavrinhas aniversário, Besteirinhas, Blog, Fragmentos
sábado, 11 de dezembro de 2010
Assaltos Engraçados nº 1
Devaneado por: Marília Domingues às 22:15Parece que 23 não é a minha idade...
Pior que não faz nem duas semanas que estou de idade nova e um monte de coisas ruins já aconteceram, vieram assim em avalanche, sem que eu pudesse ter tempo para me defender, e quando estou tentando me levantar de um tombo vem algo mais forte que me derruba de novo, mas... como boa sagitariana, viro cinzas para renascer Fênix, mais linda e mais forte que nunca, estou esperando o renascimento...
Então não estou aqui para falar das desgraças que aconteceram nas últimas duas semanas, mas de um fato que seria trágico se eu não tivesse dado um jeito de deixá-lo cômico. A tentativa de assalto #fail que eu sofri!
Quarta-feira passada, dia 12 de dezembro é dia de Nossa Senhora... Nossa Senhora... ah, não lembro e tô sem saco para procurar no google agora, logo vê-se que não sou católica... nunca escondi de ninguém que não tenho ao menos religião alguma, mas não é esse o caso, voltando à história. Estava me preparando para ir com as meninas "jogar" flores p Iemanjá no mar, não que eu fosse fazer isso, só iria acompanhar porque depois elas sairiam para beber, mas terminou que não rolou nada. Então resolvi sair às 19h da madrugada, levar um trabalho... Esquecendo que por ser dia de Nossa Senhora não sei das quantas, era feriado e a rua estaria deserta!
O mais legal é que eu estava sem passe, então coloquei 15 reais na bolsa ( a passagem é 1,90), e fui, desci numa lanchonete chamada Bugú na Rui Carneiro, lugar mais esquisito do mundo, e eu nunca tinha ouvido falar daquele lugar, nem o cobrador do ônibus sabia, um rapaz que estava no fundão que me avisou onde era e ainda me chamou de tia... eu.. com recém completados 23 anos!!!! putz a síndrome dos 30 tá chegando cada vez mais rápido, daqui a pouco é síndrome dos 20....
Desci lá onde Judas perdeu as meias e segui a pé, depois de entregar o trabalho, minha colega disse que eu pegasse ônibus na parada de cima, porque a que fica EM FRENTE A QUE EU DESCI era perigosa, já que ficava perto do bairro São José (uma favela bem fraquinha ¬¬), segui o conselho e lá vou eu, sozinha na rua deserta, coloquei o celular no cós da calça, prevendo o que me aconteceria 10 min depois.
Antes de chegar na parada passou um maluco por mim, drogado por certo:
_Ôh, o que uma mulé tá fazendo sozinha na rua uma hora dessa?_ 19:30 ¬¬
_É, tô indo a pé pra casa porque tô sem dinheiro pra o ônibus... _ Tentei ser mais esperta, me fazendo de mais pobre que ele, e deu certo, passei por ele que se virou:
_O que foi isso? Foi uma tapa foi?_ perguntou do meu sinal que aparecia bem pouco na blusa. Continuei ignorando-o _Foi o seu namorado que bateu, foi? Porque um homi que bate em mulé num vale nada...
Andei até não ouvir mais o que ele estava dizendo, fui para o canteiro central da avenida, onde eu poderia ver todos os cantos da rua e cheguei à uma faixa de pedestres, vinha um casal suspeito do outro lado da rua e eu implorando para não parar de passar carros, mas teve uma hora que não veio nenhum. Então se eu ficasse onde estava eles poderiam pensar que eu tinha algo de valor e estava com medo, e se eu continuasse andando, iria direto para eles. Continuei andando, o homem olhando pra mim já desistiu logo, falou algo em tom de reprovação para a mulher e continuou andando, mas ela ficou. Ela ficou, droga!
Quando cheguei do outro lado da rua, ela me pediu ajuda, dinheiro, não lembro, mas dei a resposta automática nessas horas:
_Moça, eu não tenho nada aqui tô só com o passe e ainda é emprestado _dando uma de estudante pobre, que na verdade ainda sou.
_Mas não tem nenhum dinheiro aí?
_Não moça, tô sem nada aqui.
_Então eu vou ficar só com o seu celular..._Fudeu!!!!!! E agora, era assalto mesmo, droga, o que eu ia fazer? Mas por incrível que pareça eu mantive a calma.
_Tô sem o celular aqui moça _E pra mim ela tava vendo ele ali no meu cós_Não trouxe porque eu sabia que vinha para esses lados e fiquei com medo de ser assaltada._ Ela me olhou meio confusa, mas fazia sentido o que eu estava dizendo.
_Mas nem um dinheiro?_ Ela ainda insistiu.
_Não moça, justamente por isso eu trouxe só o passe._ E eu esperando ela puxar a faca ali, sei lá, porque eu não tinha nada p dar.
_Você vai pra onde?
_Pra o centro _Já tinha esgotado a cara de pau de inventar mentiras.
_Eu queria ir para o centro.
_Eu só tenho um passe...
Tudo foi mto rápido e quando eu menos esperava, ela estendeu a mão para eu apertar e eu apertei, então ela me puxou e me deu um abraço, na minha cabeça eu via ela me revistando e encontrando o celular.
_Fica na paz! _Ela foi se afastando
_Fica na paz você também_ Eu disse sem nem perceber.
Aí sim, comecei a tremer, mal conseguia me manter em pé, a adrenalina baixou e eu peguei o primeiro ônibus que passou e o bendito ia para Cabedelo (outra cidade), ainda passei do ponto onde ele poderia parar para eu ir até em casa a pé. Mas depois ele foi para a integração e voltou passando ainda mais perto da minha casa.
Ufa!
Outra vez me livro de um assalto, pelo menos dessa vez eu não bati na assaltante (para ler onde eu bati no assaltante clique aqui), até porque ela tava com um cara, e eu totalmente sozinha... Depois de passado todo o susto a história chega a ser engraçada. Pensando nisso resolvi fazer uma compilação de histórias de assalto engraçadas, já tenho duas, se você tem alguma mande para mdtravassos@bol.com.br que eu publico aqui!
Encontrei no NÃO SALVO 12 maneiras de escapar de um assalto de maneira criativa.
Uma lista não aconselhável porém funcional (em dias de sorte) para que você consiga escapar de um assalto de forma criativa. Essa lista pode ser usada para abordagens despretensiosas de assaltantes amadores, como: “Oi, tem 1 real?” ou “Eu acabei de sair da cadeia agora e bla bla bla…” continue lendo: CLIQUE AQUI
Palavrinhas aniversário, Assaltos engraçados, Azar, Coisas que acontecem
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Ilha das Flores
Devaneado por: Marília Domingues às 11:55Se esperavam reflexões sobre o ano de 2010 e o que eu espero para esse novo período que se inicia, esperem o próximo post, hahaha. Até porque tenho que terminar um trabalho pra entregar amanhã e a professora pegou pesado, já achei legal falar de Nordeste e o preconceito da mídia, já me irritei e tive vontade de iniciar uma campanha de independência do Nordeste, formarmos um país e deixar que o Sudeste, Sul e seus preconceitos se explodissem igual está acontecendo lá no Rio de Janeiro, e agora eu só quero não ter que falar mais nada sobre isso, deixar esse assunto para depois, não aguento mais ler sobre "Invenção do Nordeste", "Arcaísmos e modernimos", "Visão Binária do Brasil"... Então, lendo meus emails o site porta curtas disponibilizou a função de colocar curtas no meu blog, gostei da ideia e o curta que eles me sugeriram foi Ilha das Flores que conheci quando ainda era uma fera, cursando o primeiro período de jornalismo.
Quanto à vida e ao jornalismo, ah, fica pra outra hora, por enquanto... Ilha das Flores.
Palavrinhas aniversário, Curtas, Flores, reflexão
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Nosso Quarto 11
Devaneado por: Marília Domingues às 19:51Palavrinhas Amor, aniversário, palavras, sentimentos