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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Flores

Sou autodestrutivamente indestrutível. O tempo passa, as pessoas mudam, as coisas acontecem e eu não paro de cometer os mesmos erros, tudo isso gerado pelo meu senso autodestrutível. Tento me desconstruir, me reinventar a cada nova relação. Tento não me doar, guardar alguma parte de mim onde só eu encontre para que quando as pessoas partirem não levem tudo.

É como um campo de flores, que eu planto as sementes de esperança e rego com minhas lágrimas, no começo demora para elas crescerem, mas depois nascem os brotos e as lágrimas cessam e o campo se enche de lindas flores e porque não dividi-las entre várias pessoas como é o comum a se fazer (afinal num mundo de tantas oportunidades, entregar um campo de flores a um único jardineiro é desperdício de tempo), porém eu entrego, não de mão beijada, mas aos pouquinhos apenas para uma pessoa, entrego tudo o que eu tenho de mais precioso.

E por ter mais alguém cuidando além de mim o campo de flores desabrocha e cresce e enche de alegria a todos que olham, porém chega um dia que o jardineiro se cansa talvez ou precise de flores mais coloridas, ou menos, ou precise de mais flores ou de mais campos e assim leva consigo todas as minhas. O campo fica devastado, apenas terreno seco e estéril, enxarcado de lágrimas e sem a possibilidade de crescer nada alí por um bom tempo.
Novamente planto sementes e eu deveria aprender alguma coisa com os meus erros, eu deveria não entregar tudo assim tão fácil, sem que ninguém ao menos peça. Novamente planto para mim e outros colhem.

Porque é assim que as coisas são, outra vez a vida vem me mostrar que não existe o amor romântico que eu vivo idealizando. Que não existe um eterno, apenas um "eterno enquanto dure" e sempre dura muito pouco. Porque hoje a vida não se baseia em sentimentos, mas em ações, curtir não é curtir para você é para os outros "verem" que você está curtindo e a conquista é apenas o que importa, o resto é resto.

Sou uma romântica incurável e é isso o que me faz ser autodestrutiva, o meu romantismo arrasta para a lama o meu coração com cada decepção pela qual eu passo. O meu romantismo me faz ser carente de sentimento, carente de palavras quando na verdade eu deveria (como é normal) ser carente de toque. Vou contra tudo o que é pregado contemporaneamente. Não quero "pegar" várias pessoas, muito menos quero apaixonar uma pessoa todo dia, quero que a mesma pessoa se apaixone por mim todos os dias, assim como eu faço. Como para mim pequenos gestos significam mais que grandes feitos e esses mesmos pequenos gestos as vezes  doem como facadas.
Meu campo de flores está vazio. Novamente. As que sobraram, se sobrou alguma, estão murchas ou mortas. Talvez eu não seja totalmente indestrutível porque no começo eu sempre sinto que alguma coisa em mim quebrou, quando meu campo está assim, vazio. Que eu não vou me sentir mais totalmente apaixonada, que não vou me entregar novamente por completo a ninguém e quando vejo, lá estou eu fazendo planos de um pra sempre, que sempre acaba!

I've got a feelling, a feelling deep inside, oh.. yeah, oh yeah

I've got a feelling, a feelling that i can't hide, oh, no... oh,
No


Mudaram as estações, nada mudou
mas eu sei que alguma coisa aconteceu

tá tudo assim, tão diferente
Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
que tudo era pra sempre sem saber que pra sempre sempre acaba

Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
quando penso em alguém só penso em você
e aí, então, estamos bem
Mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está
nem desistir, nem tentar, agora tanto faz...
estamos indo de volta pra casa, yeah-heah...

I've got a feelling, a feelling deep inside
I've got a feelling, a feelling that i can't hide
A feelling that i can't hide
A feelling that i can't hide...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

M

"N"
Nando Reis
Composição: Nando Reis

E agora, o que eu vou fazer?
Se os seus lábios ainda estão molhando os lábios meus?
E as lágrimas não secaram com o sol que fez?

E agora como posso te esquecer?
Se o seu cheiro ainda está no travesseiro?
E o seu cabelo está enrolado no meu peito?

Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
E te beijar
De novo

E agora, como eu passo sem te ver?
Se o seu nome está gravado no
Meu braço como um selo?
Nossos nomes que tem o "N" ("M")

Como um elo

E agora como posso te perder?
Se o teu corpo ainda guarda o
Meu prazer?
E o meu corpo está moldado com o teu?

Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
Para que você retorne
Pra que eu possa te abraçar

Espero que o tempo passe
Espero que a semana acabe
Pra que eu possa te ver de novo

Espero que o tempo voe
E que você retorne
Pra que eu possa te abraçar
E te beijar
De novo
De novo...de novo...de novo...



O sol já está nascendo há um tempo (também aqui ele nasce primeiro que em qualquer outro lugar no Brasil) e não consegui dormir ainda, estou com muito sono mas não consigo dormir.


Novamente aconteceu, o temido "tempo", não sei o que fazer, o que falar, simplesmente não sei... e essa música ficou na minha cabeça a noite inteira, espero que colocando aqui eu possa não ouvi-la por algum tempo...
06 de dezembro de 2010
06:10

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Fragmentos 2

Qual o sentido da vida? Qual o sentido da minha vida? E agora o que faço já que não sei mais vê-la de uma forma poética como sempre fiz... Não acredito mais tanto quanto antes. Agora que a maioria das minhas frases começa com “não”. Qual o sentido? O que eu devo fazer? Para onde devo ir? Por que estou aqui e não ali ou acolá? Por que estou só? Por que não quero estar? Por quê? Por quê? Por quê?


Qual o sentido de eu escrever o que penso, ou de sentir o que escrevo? Pra que chorar? Por que não há mais razões para sorrir? Por que o efeito do álcool passa tão rápido? Por que sinto falta? E pra que serve sentir saudade? Por que as pessoas apenas não vão de vez? Por que ficar essa parte já que não está completa? Não quero pedaços, quero tudo... Por inteiro. Ou nada, parte alguma.

Por que existe o esquecimento, se não sei me esquecer, senão para me esquecer? O esquecimento é silencioso, e todo esse barulho que o silêncio faz, torna o esquecimento mais vivo que as lembranças.. Lembranças... Pra que elas servem também?

Não quero mais lembrar nada. Nada que depois me cause mais sofrimento e dor, nem nada que rime com amor. O que eu quero mesmo? Lembrar como é esquecer e só.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Since I don't have...

Meu PC está aos bagulhos, não sei mais quanto tempo ele aguenta... Este fim de semana deu piti e ficou sem funcionar um tempo, travando o máximo possível e me deixando louca...

Meu canal está prosseguindo... Sexta que vem tem mais uma sessão tortura com o doutor fazendo canal sem anestesia porque quer sentir meu dente... (sei, ele que vai sentir ¬¬).

Fora do estágio e sem previsão de um emprego... O dinheiro está se esvaindo...

Parece que entrei numa onda de azar.

Meu dia está chegando, meu aniversário, há 22 anos atrás mamy estava se preparando para entrar na faca (Cesariana). Nunca me senti tão perdida como agora. Não sei o que fazer, como devo me sentir, não sei o que pensar. Minha cabeça anda confusa, fico reflexiva e depressiva por causa dessa reflexão. Estou passando por longos períodos de silêncio com os outros enquanto travo batalhas quase que em tempo integral comigo mesma.

Sempre estou pensando no ontem, pensar no amanhã é angustiante... Sempre quero voltar a algum ponto da minha vida, sempre lembro do que houve e não sei mais pensar no que haverá, essa incerteza está me matando. Outra coisa que me faz calar e refletir são sentimentos que não deveriam mais existir se o tempo realmente curasse tudo. "Sobra tanta falta". Essa saudade que insiste em não me abandonar, saudade não só de um amor, mas saudade de coisas tão simples, como uma companhia para comer batatinha no shopping.

Estou triste, não nego até porque já tentei muito disfarçar mas, qualquer pessoa que me conheça, que já tenha me olhado antes, percebe essa falta de brilho nos meus olhos, percebe uma tristeza em meus gestos, até meu sorriso parece forçado...

Ando agindo diferente ultimamente,  saindo, "me divertindo", mas sempre falta alguma coisa, e eu sei o que é. Saio, os fins de semana não são mais os mesmos, até porque não aguento mais meu quarto, ele parece tão hostil, tem tanto que não é meu aqui, tanto que me traz o passado que insiste em estar presente na minha mente. As paredes se fecham, o ar quente torna-se escasso e preciso sair...

O meu dia se aproxima... e nunca me senti tão distante de mim, nunca estive tão sem identidade, sem saber quem sou ou qual meu propósito... Não sei mais quem sou, quem quero ser ou o que fui...


"I don't have plans and schemes,
I don't have hopes and dreams
I,I, I don't have anything
Since I don't have you.


And I don't have found desires
And I don't have happy hours.
I don't have anything.
Since I don't have you.


Happiness and I guess
I never will again
When you walked out on me, 
In walked old misery
And she's been here since then.


Yeah, we're fucked!


I don't have love to share,
And I don't have one who cares
I don't have anything
Since I don't have you".


Guns N' Roses

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Sonho


Esta noite sonhei com você, eu estava tão cansada, nem deitei para dormir, simplesmente desmaiei na cama. Não lembro o que passava na TV, nem de ter programado o celular para me acordar esta manhã. Não lembro se liguei o ventilador (fazia muito calor), não lembro em que posição dormi

Só lembro que senti seu corpo ao lado do meu (por certo eu já deveria estar dormindo). Então te abracei, nos acomodei da forma mais confortável. Não houve beijos ou carícias, houve apenas o abraço e a sensação de querer te proteger (sendo que eu quem preciso ser protegida).

Deitei ao seu lado, pus meu braço sobre o seu, te trouxe mais para perto de mim. Eu te amei, ali em silêncio e imóvel. Sem dizer ou fazer nada. Eu te amei. Sentia-me acolhida. Era quase fraternal. Só queria ficar perto e te defender. Só queria te proteger. Só queria você ali do meu lado, ao meu alcance para que eu não deixasse nada de mal acontecer.

Então acordei sozinha, não sei onde ou como você está, se precisa de mim ou já me esqueceu. Acordei querendo voltar a dormir, acordei e quis te encontrar, quis te proteger, porque eu já fui anjo e hoje não sei mais quem sou eu...

14 de outubro de 2009
Mais ou menos 20h
M.D.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Paredes Amarelas


Sinto como se eu não pudesse mais ser eu mesma

Sinto como se eu não soubesse mais quem sou
Tudo ao redor está diferente
As paredes amarelas são outras.

Mudou a rotina e não tenho mais por quem esperar
Não espero o telefone tocar para falar besteiras e me desmanchar em sentimentalidades com alguém especial para mim.
Não espero o fim de semana chegar para sair e encher a cara de falsas alegrias por algumas horas.
Não espero mais nada.
Tudo é igual.

Os dias vão passando, lembranças vêm e vão com o passar do tempo
Com o aproximar e passar das datas
Os dias são apenas um quadrado de 3cm x 3cm na parede amarela do meu quarto.
Um quadrado que amanhã estará marcado com um "X" em vermelho indicando que já passou.

Os dias vão passando e estas paredes amarelas já não me são tão acolhedoras como foram um tempo atrás.
As semanas vão passando, os momentos vão passando e depois tudo é silêncio.
Talvez por isso passo o dia inteiro ouvindo música, para disfarçar o silêncio assustador de estar só.

Mas as músicas trazem lembranças, cada uma com suas memórias, cada uma com sua história, umas boas, outras ruins, mas no momento todas têm o mesmo significado...
E hoje ouço outras músicas, que significarão algo algum dia, porém hoje são somente músicas, e vão me fazer por um tempo esquecer meus próprios pensamentos, e esquecer que estou sozinha, cercada por essas paredes amarelas.

domingo, 14 de junho de 2009

Doces...

Acho que eu sou um doce... uma daquelas pessoas que as outras olham e perguntam: "Sua mãe passou açúcar em vez de talco em você?". Pois é... Sou um doce mesmo, não sei o que as pessoas veem de tão interessante, único, especial em mim. Mas veem!

Acho que sou um doce... É fácil as pessoas se apaixonarem, nem preciso de lábia conquisto somente com meu jeito natural de ser. Os que se "apaixonam" por mim, gostam das minhas molecagens, da forma simples como eu vejo a vida, gostam do meu jeito educado e às vezes certinho até de mais. Apaixonam-se pelo meu sotaque estranho, pelas madrugadas ao computador conversando besteiras, pelas minhas surpresas...

Acho que sou um doce... Muitos não entendem porque estou sozinha... E vendo por esse ponto que nem eu entendo...

Mas acho mesmo que sou aquele doce que quando a gente é criança fica lá na última prateleira do armário e a gente faz de tudo para pegar, sobe nas cadeiras, pede ao irmão mais velho e mais alto, implora ao pai e à mãe, e quando consegue, vê que não era tão saboroso quanto se esperava, e era apenas o prazer de conseguir que nos motivava a continuar tentando...

Ou então sou um doce muito doce, daqueles que se enjoa rápido, que é muito bom mas que por ter um sabor tão intenso, logo perde a graça... e as pessoas procuram outro sabor para contrastar.

Mas ainda posso ser um doce ruim, um falso doce, como aqueles chicles de marca duvidosa que são doces no início, mas logo perdem o gosto e tem-se que comprar outro porque não serve mais.

Acho que sou um doce...

domingo, 7 de junho de 2009

Céu cor-de-rosa

Meu Céu cor-de-rosa há muito se transformou em cinza chuvoso, choroso.

Meu dia claro e brilhante e o sol escaldante deram lugar às noites eternas.
Acabou a graça das coisas simples.
Tudo se tornou extremamente complexo
E tento lembrar como é esquecer...
Se sou feita de lembranças, se tudo guardo na memória

Olho o céu cinzento. Tudo estranho, o dia torna-se triste e frio.
Guardas-chuva escondem os rostos
A chuva apressa os passos
A água leva, lava os rastros
Tudo passa sem deixar marca.

Encontro-me sozinha e vazia em um lugar cheio de solidão
Meu Céu cor-de-rosa, minha vida brilhante
Tudo se escondeu...

Nuvens densas se formaram sobre minha cabeça
Meu Céu cor-de-rosa já não sabe rir, e agora só chora
Desaba sobre mim em forma de temporal.

Meu Céu cor-de-rosa não é mais meu

01 jun 09 00:20

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Você...

Você chegou impondo sua presença em meus dias solitários

Passei a ouvir seu chamado em meus instantes mais monótonos
E Deixei você se apoderar de um coração ainda sem proteção
Que estava se reconstruindo de uma sucessão de ataques internos e externos.

Você se foi assim como chegou, sem meu consentimento, sem minha permissão.
Abriu todas as feridas que começavam a se curar
E minha rotina não é mais a mesma, nem sei o que fazia, como me sentia ou o que me motivava a levantar da cama e enfrentar outro dia maçante.
Você se foi tão rápido quanto chegou, não deu nem tempo de pensar no que estava acontecendo.

Você ainda está aqui. Claro que está. 
Não é porque decidiu sair da minha vida que saiu do meu coração...
Não é porque não te sinto fisicamente que seu fantasma, sua presença invisível não me assombra toda noite, às vezes tão real.
Não é porque não te vejo que não sonho com você nas madrugadas, quando finalmente adormeço depois da noite de insonia.

Mas você se foi e hoje não passa de uma lembrança que eu tento insistentemente transformar em outra coisa. 
Vou tentando transformar o amor em amizade e coleguismo.
É difícil mudar certas coisas.
Porque mesmo quando você vai, sempre continua aqui.

"Não tenho medo de parecer louca, pois as aparencias enganam. Tenho medo de não parecer louca..."

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Noite fria

A noite não estava tão fria, embora tivesse chovido à tarde e estivesse nublado.

A noite não estava fria para mim que acabara de chegar da universidade e andava apressada como sempre pela rua quase deserta, temendo ser assaltada;
A noite não estava fria para o garoto que corria para não perder o ônibus;
A noite não estava fria para o homem que trabalhava no churrasquinho aquecido pelo calor do fogo;
A noite não estava fria para os homens que tomavam sua tradicional "lapada de cana" no início da noite no fiteiro da esquina;
Mas a noite parecia fria para aquela mulher, aquela que tinha sobre sua cintura o braço de um homem que também parecia ter frio ao seu lado, mas que tentava inutilmente esquentar com apenas um braço seu corpo;
A cena foi tocante, eles estavam deitados no chão  onde não choveu por causa da marquise, em frente a uma loja fechada. Passava um pouco das sete da noite, era cedo para dormir, mas o que fazer? talvez dormir fizesse esquecer o frio, ou algo pior que com certeza também estariam sentindo: fome.
A noite não estava fria para as pessoas que dançavam animadas não muito distante dali, no anel interno da lagoa, onde o prefeito fizera uma festa para comemorar a inauguração da integração intermunicipal e de ônibus novos;
A noite não estava fria para quem tem cobertas e comida quentinha em casa;
A noite não estava fria para quem tem uma casa. 
Mas a noite estava fria para aquele casal deitado ali no chão;
Tudo ficou frio para mim também, me senti impotente por não poder fazer nada, fiquei furiosa pela  festa que ocorria e pelo desperdício de dinheiro, de comida, de tudo; 
Me senti triste por acontecer coisas como essa em todos os lugares.
A noite continuou fria para mim de certo modo, mas a noite estava fria para o casal da maneira mais cruel.

Marília Domingues 30/04/08 22:17

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Vazio

Às vezes a chuva traz paz, outras vezes tristeza...
Às vezes apenas acentua o que estamos sentindo, vem o frio e a vontade de ficar abraçada com quem a gente ama... somente os dois na cama...
Pensando nisso, quando fui dormir, já de madrugada... agoniada, querendo escrever... saiu meio sem querer, tava escuro e não parei para ler, mas foi isso o que a chuva trouxe:


A cama estava vazia quando deitei
O quarto estava vazio
Minha cabeça estava vazia
O mundo estava em silêncio
Apenas o canto dos pássaros a denunciar que ainda estava viva
E que o dia estava vindo...
Era quase de manhã e enquanto todos estavam quase acordando
Eu tentava dormir
Mas a cama parecia ficar maior
Era tanto espaço...
O quarto parecia maior
O frio parecia maior
Apenas eu que me sentia pequena diante da imensidão da solidão
A noite passou tão rápido e o dia parece que vai ser longo de mais
A cabeça não estava mais vazia
Pensava e girava e lembrava
E ouvia e sentia coisas que não existem mais
Eu via o passado dançar na minha frente
Tão irreal quanto o presente
E a cama se encher de dor
O rosto enche de lágrimas
A página vazia enche de palavras
A cama ainda está vazia
Mal suporto deitar e ver que está vago um lugar
Mesmo assim tento, deito, fecho os olhos, insisto em não pensar
No travesseiro uma fragrancia familiar
Um cheiro que ficou guardado
Para me lembrar do que me completava
E agora me esvazia...
Marília Domingues 01/03/09 04:30
Sinto-me assim hoje, o poema pode não ser novo, mas esse sentimento nunca me deixa, às vezes meio que se ausenta, parece que foi embora, consigo enxergar o brilho da lua, sentir o calor do sol e pensar em outras coisas, mas tem dias que a saudade volta como que cheia de saudade de mim, me abraça, me prende e me faz ver que sempre estará aqui, por mais que eu a deixe, e às vezes deixo, ela sempre volta para o seu lugar!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

INSÔNIA



insônia! Daqui a pouco o sono chega.
E o sonho chega?
Chega de sonhar.
Chega de tentar não pensar
No querer parar.
Querer não querer, deixar de sonhar.
E deixar de viver,
Querer não sentir não faz parar de sofrer.
Insônia! Mostra o que devo fazer:
Continuar a sonhar,
Ou acordar pra viver?