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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Cansei

Tô cansada de fazer coisas boas e sempre me dar mal.. Cansada de tentar provar um amor que só vive em mim! Cansada de não viver e procurar sempre no passado uma justificativa que me faz não ver o futuro...

Cansei!

Em um coração cheio há espaço para tudo, e em um coração vazio não há espaço para nada."

domingo, 18 de outubro de 2009

Considerações sobre os sentimentos

Tenho dúvidas sobre como agir na situação que me encontro.

Ainda estou apaixonada e simplesmente não quero, não deixo outras pessoas entrarem na minha vida de forma que me façam perder o controle da situação de novo, ou seja, ao mínimo sinal de perigo de gostar de alguém, trato logo de afastar a pessoa. Não precisa nem ser o gostar (nutrir algum sentimento mais profundo) de verdade, basta eu notar que estou me apegando a pessoa e trato de não fazer mais isso. E tudo isso por quê? Medo.

Mas não foi sobre esse medo que eu vim falar, e não me importo de estar agindo dessa maneira, vim falar sobre o fato de eu não procurar alguém. Ok, o relacionamento acabou e agora é procurar uma pessoa para ocupar o lugar. Não, não é bem assim... O relacionamento acabou, o sentimento não. Não posso me obrigar a estar com alguém e fingir ser feliz se não tenho quem eu amo ao meu lado. Não posso me obrigar a viver de mentiras e a procurar em outros corpos, em outros beijos, outros gestos, coisas que somente uma pessoa pode me dar.

Talvez digam apenas que não estou pronta para "superar" isso. Superar... eu realmente não quero superar, não quero ficar com alguém só por ficar, não quero ser somente uma parte de mim ali, não posso me entregar para alguém pensando em outra pessoa, não quero ser cautelosa, se for pra ser então que seja, que seja por inteiro e não pela metade. Quero me jogar de cabeça, sentir por completo e isso só consigo com um alguém especial, não é qualquer um, é a pessoa.

Não sei bem como concluir... Só estou cansada de ver em todos os lugares, em todas as pessoas que eu conheço, certas atitudes que querem que eu faça também, porque é o normal a se fazer. Estou cansada de ter como exemplos de "superação" pessoas e mais pessoas interessadas apenas em sensações (não chegam nem a sentimentos) que podem nutrir por quem quer que seja. Não há alguém especial... Existe o momento, a experiência e pode ser qualquer um, e amanhã outro, e depois outro, e outro...

Sinceramente, não entendo porque me criticam ainda por pensar, por tentar, por amar... Para mim é diferente, não estou nem aí para essas baboseiras de "Curtir", "ficar" não acredito que isso seja se divertir. Diversão a todo custo, muitas vezes o custo é a felicidade do outro.

Amo mesmo, e quando amo é de verdade, e creio de que quem está ao meu lado é com quem quero ficar o resto da minha vida. Odeio pensar no "Eterno enquanto dure" pode durar para sempre, porque o amor é capaz de se reinventar todos os dias... E vou continuar amando somente uma pessoa, para sempre, que seja tudo, que eu saiba que é o meu alguém e não apenas alguém qualquer.

sábado, 1 de agosto de 2009

Quando percebi que não era mais eu.


Quando voltei a ser eu percebi que não percebi que não era mais eu.
Percebi que deixei de ser eu por pouco tempo de mais.
Percebi que queria continuar a ser o outro eu que eu não sou.
Por algum tempo eu me via diferente, eu me via realmente e quando eu parei de ver, percebi que voltara a ser eu mesma.
Foi um tempo encoberto.
Deixei de ser eu perdida entre sorrisos e fumaça.
Cercada de alegrias que se dissolviam no ar...
Esse tempo durou séculos e não demorou tempo algum.
Enquanto isso eu conseguia sentir e me sentir.
Conseguia saber, ouvir, ver e até falar...
Esse tempo acabou, quando percebi já voltara a ser eu mesma.
Tudo acabou, voltou ao seu lugar.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Uma parte que eu não tenho (mais)


Meio dia
Fui embora
O sol aparecia tímido
O frio não cessava
Estava protegida do vento apenas por aquelas janelas de vidro mal fechadas
A cidade parecia diferente
Eu parecia diferente
E naquele dia eu deixei uma parte de mim naquele lugar
Uma parte que foi escorrendo enquanto eu esperava alguém que nunca viria.
Uma parte que ficou lá esperando...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Reflexões de uma sóbria 2 (sobre o amor e outros desastres)

Minha boca agora é de outro, de outros

Para muitos me dou pouco
Para poucos me dei de mais.

Olhando velhas fotos,
Lembrando de coisas que deveriam ficar no passado
Antes uma noite de lua cheia
Hoje a lua se esconde em um céu nublado

Tanto ontem me persegue hoje
Tanto tudo tenta entrar no meu nada
Melodias se apoderam do meu silêncio
Palavras martelam na minha cabeça

Uma voz familiar repete o que já cansei de me convencer que não vou mais ouvir
Queria poder ter escolha e calar essa voz da minha cabeça
Paro para me ouvir, mas minha voz é a última coisa que ouço
minha voz é a única coisa que não ouço

Minha boca agora se cala
Sente outros sabores
Todos tão sem gosto
Todos faltam alguma coisa

Talvez seja o sentimento
São tantas bocas e nada mais
São duas línguas que dançam músicas diferentes
E tento me afastar das palavras

As malditas palavras que dizem o que querem
Para eternizar os momentos
Mentem descaradamente apenas para dizerem qualquer coisa

As palavras dizem que sentem falta.
(Como sente falta de um lápis, um acessório qualquer)
As palavras dizem "eu te amo".
(Dizem tanto, pior que as vezes até acredito).
As palavras erram e se desculpam
E ferem e por fim se calam.

Minha boca agora é de outros, de muitos
Minhas palavras... são apenas minhas e de mais ninguém.

Reflexões de uma sóbria

Será possível mesmo parar de sentir? Tornar-se completamente racional, analisar todas as possibilidades de erro antes de tomar uma decisão, pensar em cada palavra antes de falar, encher o mundo de silêncios? Talvez não, mas estou tentando.


Pouparia tanto sofrimento e tempo perdido se eu apenas ouvisse o que eu mesma digo, ultimamente tenho cercado as pessoas com "eu te avisei" e eu me avisei tantas vezes também, por que é tão difícil ouvir a mim mesma? Porque é mais fácil ignorar a razão e viver. Mas isso sempre me leva ao arrependimento futuro.

O que são essas porcarias de sentimentos que turvam a visão, que fazem o mundo parecer diferente do que ele realmente é, e que quando vão embora parece que arrancam uma parte minha?

Quando vem a sobriedade e eu paro pra pensar e vejo que eu sabia de tudo que aconteceria e simplesmente ignorei meu sexto sentido, ou seja lá o que for que me alerta do perigo , pela simples possibilidade de estar errada e viver o que chamam de felicidade...

Minha visão mudou muito nesses últimos meses, a visão de "AMOR", "FELICIDADE" e "SEMPRE", agora são outras. Não sei explicar... talvez eu me arrependa mais tarde e volte a sonhar, mas por enquanto estou com os pés no chão, afinal se eu tropeçar e cair a queda será menor que se eu estivesse "voando alto".