quinta-feira, 22 de março de 2012
Dia Internacional da Mulher
Devaneado por: Marília Domingues às 11:15Não recebi flores, mas alguma família recebeu uma coroa delas
Os números não mentem.
são uma, duas, 43 mulheres assassinadas
Mulheres subjugadas
ganhando pouco e trabalhando dobrado
cuidando da casa, dos filhos e ajudando o marido
cuidando da casa e sustentando os filhos ameaçada pelo ex-marido
sustentando a casa e chorando a morte dos filhos perdido para a violência
suportando
Internacional
Mulheres mutiladas
sem direito a sentir prazer
sem direito de escolha sobre ter ou não ter um filho
estupradas...
Apenas pensamos
'é assim mesmo'
não ganhei uma flor
não sou frágil,
não tenho menos capacidade
Alguma família recebeu uma coroa de flores
para ornamentar o túmulo recém coberto
A sociedade levou mais uma
Dê uma flor, um chocolate
e toda a barbárie sofrida através da história será esquecida
é só mais uma data comercial
Todo o simbolismo foi perdido
jogado fora
Não se fazem mais mulheres com coragem de queimar os sutiãs em praça pública
sexta-feira, 20 de maio de 2011
O mundo vai acabar
Devaneado por: Marília Domingues às 22:45E ela só quer dançar!
Ok! Brincadeiras a parte!
O mundo vai acabar, eu postei isso no portal, eu vi no jornal
Vai acabar mesmo,
A primeira previsão deu errado
Mas agora tá tudo bem calculado
O mundo vai acabar
Vai acabar e eu nunca saltei de bungee jump
o mundo vai acabar e eu nunca aprendi a dedilhar no violão
o mundo vai acabar e eu nunca publiquei um artigo científico
nunca dancei tango
Nunca comi sushi de pauzinhos
Nunca aprendi a ser fluente em italiano
Nunca viajei para outro país
Nunca publiquei um livro
Nunca aprendi a cantar "your mamma won't like me" toda
Nunca construí um abrigo nuclear
Nunca dei um soco na cara de ninguém
Nunca beijei na chuva
Nunca fui na roda gigante com namorado
Nunca aprendi a nadar
Nunca joguei wii
Nunca usei um sobretudo
Nunca coloquei sombra preta forte
Nunca aprendi a andar de patins ou skate
Nunca comi guaca mole
Nunca fui a uma festa a fantasia de verdade
Nunca namorei por um ano
Nunca tive um emprego de verdade (só estágio e autônoma)
O mundo vai acabar e eu nunca consegui assistir os filmes do Harry Potter
Nunca concluí uma graduação
Tive uma casa própria
Nunca mudei o visual dráticamente
Nunca fui numa formatura de universidade
Nunca recebi um trote (de estudantes)
Nunca fiz pipoca doce
Nunca briquei de Gato mia
Nunca bebi saquê
Nunca terminei um livro de Hilke
Nunca terminei de ler a bíblia
Nunca tive uma religião
Nunca escrevi uma monografia
Nunca fui no carnaval de Olinda
Nunca tive irmãos
Nunca tive 200 seguidores no twitter
Nunca lotei um perfil do orkut
Nunca Tive 50 seguidores no blog
Nunca usei calça de lycra
Nunca fiz caminhada/ corrida
Nunca joguei basquete
Nunca fizeram uma loucura de amor por mim
Nunca fugi de casa
Nunca matei
Nunca morri
PS.: Se o mundo não acabar eu faço um post com as coisas que eu já fiz... haha
Palavrinhas Besteirinhas, Coisas que acontecem, morte, palavras
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Tenho um segredo para te contar...
Devaneado por: Marília Domingues às 17:00É como uma provocação
Levando-me ao ápice da minha existência
A solução para tudo
O fim de toda dor e angústia
Sinto você acariciando-me
Anunciando que o fim está próximo
E será tranquilo
Tudo ficará para trás
Como se não passasse de um sonho ruim
Você veio me trazer a paz que eu busquei por tanto tempo
E agora encontrei
Na solidão de um momento único
Sentindo seu beijo gelado
E a vida que escorre por minha pele
"Eu posso senti-la"
Esvaindo-se quente
Contrastando com seu frio
Vejo-te afastando-se aos poucos
A visão ficando turva
Ainda posso te ver cheia de vida
(Da minha vida)
E suas cores lhe caem muito bem
Enquanto eu caio no chão.
Palavrinhas morte, sentimentos
domingo, 2 de novembro de 2008
SONHOS MORTOS
Devaneado por: Marília Domingues às 23:48
Mas, geralmente,
Deixo-os morrer,
Se esconder...
Deixo-os de lado,
Como se pudesse seguir,
Suportando,
Carregando o peso dos sonhos mortos.
O cheiro de putrefação da minha alma.
Exalando tão forte
Um cheiro de morte,
Que entorpece os novos sonhos,
Que insistem em chegar.
Os sonhos não acabam,
Mofam, murcham...
Nas gavetas do meu interior,
Sem nunca sequer ver a luz do sol.
Sempre nas sombras,
Onde encontram na escuridão,
Mais dor.
Os sonhos mortos apodrecem em mim,
E nota-se no meu rosto
O quanto o peso da desilusão me maltrata.
Saber que os sonhos sempre estarão,
Levando-me a pensar que...
Talvez um dia eles aconteçam.
Eles não sabem que estão mortos.
Mortos como minha alma,
Que vaga pelo mundo,
Sem saber que não faz mais parte dele,
Que não faz mais parte de mim.
Os sonhos não acabam,
E mesmo que murchem
E apodreçam.
Sempre fica um pouco deles,
Um pouco que não consegue se convencer,
Que a morte é irremediável,
E que por mais que eles tentem
Reavivar em mim alguma esperança,
Não vão conseguir ressuscitar meu espírito.
Marília sem data.
Palavrinhas morte
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
MOTIVOS PARA A CANÇÃO SUICIDA
Devaneado por: Marília Domingues às 22:35Rastejo por entre os destroços do meu coração
Procurando um vestígio de amor
Humilhando-me por uma demonstração de afeto
Desmancho-me entre lagrimas e sorrisos falsos
Entrego sem dificuldade o pouco de alegria que restou em mim
Arranco sorrisos forçados todos os dias
O rancor e o desespero transbordam nas gargalhadas
Dou risada de mim mesma
Mendigando um sorriso em troca
Alguém que não desdenhe do meu sofrimento
Ás vezes acho que finalmente alguém me compreendeu,
Mas é ingenuidade minha
Não vejo saída. O caminho é estreito e escuro
Entrego-me à depressão e à pressão
Ando pelas ruas perdida em pensamentos sombrios
Vejo o mundo através de olhos desesperançosos
Imploro, grito e choro.
Clamo por um sentido
Sinto-me o ser menos importante da face da terra
Não tenho vontade de fazer nada
Porque só não se vai a lugar algum
As pessoas ao meu redor são todas cegas
Não vêem ou não querem ver a minha dor
Não entendem que eu também estou viva
E que eu não me alimento apenas de comida
Preciso de carinho, preciso de alguém que me entenda.
E que me tire da lama em que me afundei há tanto tempo.
Marília 13/08/06
Palavrinhas morte
segunda-feira, 13 de outubro de 2008
VELÓRIO
Devaneado por: Marília Domingues às 22:41
Velório
Por favor, não me deixem nesse velorio mais tempo!
Meus olhos já estao ardendo
Foram tantas lagrimas
E o brilho dessas velas...
Essas vozes indistintas
Por favor, fechem logo esse caixao!
E me joguem a 7 palmos debaixo do chao!
Não aguento mais essa vida
Estao velando meu corpo há quanto tempo?
Horas? Dias? Meses acho...
Eles não se cansam de chegar e olhar mais uma vez
Meus restos abatidos
Não se cansam de lembrar e contar
Tudo o que fiz de errado
Não se cansam de falar de mim
Até do que eu não fiz
Porque sabem que não vou me defender
Apaguem as velas e fechem a tampa desse caixao!!
Deixem-me no escuro. Sozinha!
É meljhor que cercada de abutres
Que só estao esperando pegar o melhor pedaço do meu corpo
Em decomposiçao
Minha alma já se foi
So restou essa carcaça morta
Que fazem questao de por à mostra
Para todos verem como estou indefesa
Acabem com esse velorio!
Não aguento mais os seus coxixos
Não aguento seus murmurios,
“lamentando” a minha tão esperada partida
Falsidade!!
No fundo esse velorio esta demorando tanto
Porque estao gostando
Comemorando a minha ida
Qualquer lugar é melhor que aqui pra mim
Apaguem as velas e fechem o caixao!
Parem de me olhar com esse desprezo!
Parem de fingir que gostam de mim!
Joguem-me num buraco fundo, sujo e escuro!
E me esqueçam definitivamente!
Não fiquem lembrando as coisas erradas que eu fiz!
Porque não fiz somente coisa errada
Não veem o que acertei?
Vejam suas proprias vidas
Mergulhadas na infamia e no desesprezo
E parem de pisar em quem não pode revidar!
Ou ao menos se esquivar dos seus golpes sem misericordia
Enterrem-me, me cremem!
Mas não me embalsamem mais nesta vida
Neste velorio eterno!
Deem um fim ao meu sofrimiento!
E me enterrem de uma vez por todas!!!
Marília 02/11/06
Palavrinhas morte
domingo, 12 de outubro de 2008
Canção suicida
Devaneado por: Marília Domingues às 13:24
Aos poucos a alegria vai se esvaindo
Assim como o sangue
Que jorra do meu pulso
Pessoas estúpidas
Querem-me dizer como agir
Eles nem sabem nada sobre mim
Nem eu entendo porque as ouvi
Eu nem deveria estar aqui
Então estou dizendo isto hoje à noite
Hoje que estou pra baixo
Escorrendo pelos meus sentimentos
Como o sangue escorre por entre meus dedos
Meu quarto tá tão estranho
Tão vazio. Tão escuro e frio.
Não me reconheço mais aqui
Eu não sei pra onde ir
Eu não estou procurando confusão
Perdida nessa complicação
Não vejo um futuro bom pra minha vida
Aqui na escuridão do meu quarto
Estou pedindo aos céus que me ajudem
Que a morte venha calma
Assim como o sangue leva lentamente
A minha vida embora
Estou procurando alguém que me encontre
Alguém que me conte
Hoje à noite
Porque amanhã pode ser tarde.
Marília 12/08/06
Palavrinhas morte