domingo, 7 de fevereiro de 2010

Fragmentos 2

Qual o sentido da vida? Qual o sentido da minha vida? E agora o que faço já que não sei mais vê-la de uma forma poética como sempre fiz... Não acredito mais tanto quanto antes. Agora que a maioria das minhas frases começa com “não”. Qual o sentido? O que eu devo fazer? Para onde devo ir? Por que estou aqui e não ali ou acolá? Por que estou só? Por que não quero estar? Por quê? Por quê? Por quê?


Qual o sentido de eu escrever o que penso, ou de sentir o que escrevo? Pra que chorar? Por que não há mais razões para sorrir? Por que o efeito do álcool passa tão rápido? Por que sinto falta? E pra que serve sentir saudade? Por que as pessoas apenas não vão de vez? Por que ficar essa parte já que não está completa? Não quero pedaços, quero tudo... Por inteiro. Ou nada, parte alguma.

Por que existe o esquecimento, se não sei me esquecer, senão para me esquecer? O esquecimento é silencioso, e todo esse barulho que o silêncio faz, torna o esquecimento mais vivo que as lembranças.. Lembranças... Pra que elas servem também?

Não quero mais lembrar nada. Nada que depois me cause mais sofrimento e dor, nem nada que rime com amor. O que eu quero mesmo? Lembrar como é esquecer e só.

1 Pensaram a respeito:

Breve Leonardo disse...

[interrogar o sentido da vida, é como apanhar Deus em falso... não tem sentido, não tem resposta; interroguemos antes, faria a vida sentido sem mim? nós, únicos entre seis biliões de seres humanos que se interrogam, também]

um imenso abraço e conforto,

Leonardo B.

*é irónico saber que essa questão deve ser antiga como a criação do mundo!