segunda-feira, 25 de maio de 2009

Uma história de luta - Parte II "Cabra Marcado Para Morrer"

A segunda parte da homenagem à Elizabeth Teixeira é o filme:
"Cabra marcado pra morrer" nele o jornalista

O FILME:
Cabra marcado para morrer começou a ser feito em 1964 como uma ficção inspirada num fato real, o assassinato do líder camponês João Pedro Teixeira, presidente da Liga Camponesa de Sapé, na Paraíba. Filmado em preto e branco, interpretado por não profissionais, o filme tinha Elizabeth Teixeira, viúva do líder assassinado, no seu próprio papel. Ao lado dela outros camponeses reconstituíam o seu cotidiano diante da câmera. O golpe militar interrompeu a filmagem. Iniciada em 26 de fevereiro, ela foi interrompida em primeiro de abril de 1964. O Exército invadiu o Engenho Galiléia, fazenda cooperativada de Pernambuco que servia de cenário para o filme, confiscou a câmera e os negativos que ainda não tinham sido enviados para o laboratório no Rio de Janeiro, prendeu as pessoas que não conseguiram fugir e denunciou a apreensão de “vasto material subversivo no arsenal de Galiléia”, ou seja: “filmes para a formação agitadora dos camponeses, holofotes para projeções noturnas, pois o treinamento era intensivo e diuturno” – noticiaram os jornais então, como é possível ver a certa altura do documentário. Dezessete anos depois Eduardo Coutinho voltou ao Nordeste para retomar as filmagens, ou mais exatamente: para investigar num documentário o que acontecera com as pessoas que participaram da filmagem em 1964. O filme é feito dos encontros com Elizabeth, a família dela e os camponeses do Engenho Galiléia, de conversas às vezes entrecortadas por fragmentos do que pode ser salvo das imagens filmadas naquela época.


O documentário, assim, é um filme sobre um filme de ficção baseado em fatos reais e interrompido depois de um mês de filmagem e também, e principalmente, sobre o que se passou com os camponeses do Engenho Galiléia depois do golpe militar. Coutinho, dentro da imagem, realizador e personagem da história, conversa com João Mariano, que em 1964 fez o papel de João Pedro Teixeira. Conversa com Severino Gomes, com José Daniel, com João Virgílio, com João José, com moradores do Engenho Galiléia, todos eles camponeses e intérpretes do filme interrompido. E vai em busca de Elizabeth Teixeira, que para fugir de perseguições políticas mudou de nome. Ela se escondeu numa cidadezinha do Rio Grande do Norte, passou a se chamar Marta Maria da Costa e se afastou dos nove filhos. Os filhos passaram a ser criados por parentes e amigos de Elizabeth, que não pode mais ver a própria família. O filme se ocupa de gente comum e a história que ele nos conta pode ser apanhada pelos olhos do espectador, numa certa medida, como uma outra representação do impulso que gerou o cinema do instante em que a filmagem de Cabra marcado para morrer foi interrompida – representação idêntica à que Nelson Pereira dos Santos propõe em Memórias do cárcere.

Zé Daniel conta como escondeu a câmera e ajudou o pessoal do filme a fugir.

João José lê um pedaço da introdução de Kaputt – livro esquecido em Galiléia por alguém da equipe e que ele guardou como lembrança do filme; ele associa a historia de Malaparte, que escondia seus textos durante a guerra, com a história que toda a gente do filme viveu ali em Galiléia.

João Virgílio conta como foi maltratado na prisão depois de detido como um dos integrantes do “arsenal da Galiléia”.

ABORDAGEM TÉCNICA:

Cabra marcado para morrer de Eduardo Coutinho se refere bem precisamente ao cárcere de 1964 e faz todo o possível para não falar de memória: procura anotar de modo objetivo aquele exato fragmento de realidade que se encontra diante da câmera – mais exatamente: aquele exato fragmento de realidade que se movimenta empurrado pela presença da câmera, porque neste documentário a câmera age mais do que em qualquer outro: não se limita a observar, registrar e comentar a ação, ela cria a ação. Age como a câmera de um filme de ficção, age mais que a câmera de um filme de ficção: deflagra uma situação e participa dela, radicaliza a intervenção do cinema mesmo quando sua presença parece se reduzir à função de observador que não interfere na cena filmada. O cinema, bem precisamente a câmera, aqui deflagra a cena. Não controla a cena, mas deflagra a cena que logo escapa de seu controle e no processo termina por inverter os papéis. A câmera determina que a cena aconteça e ao acontecer a cena determina como a câmera deve se comportar. O cinema de Coutinho registra imagens mais ou menos assim como Graciliano anota na prisão as histórias dos outros presos. Depois, na montagem, procura guardar estas anotações com a espontaneidade do instante em que foram anotadas.

Quer dizer: é assim mas não é assim tão simples. O realizador age na montagem tal como agiu durante a filmagem. Interfere sim, corta, monta, organiza as imagens numa certa ordem e aqui e ali, por meio de uma narração ou comentário, apresenta e explica algo da questão filmada ou do modo de filmar. Enquanto o filme está na tela o espectador nem sente esta interferência, porque se deixa levar principalmente pela ação viva dentro da imagem. É natural.

O filme interfere, compõe, manipula, e o espectador sabe que isto é natural. A construção cinematográfica pode levar o espectador diante do filme a sentir a imagem primeiro a realidade documentada e só depois como ela é documentada, primeiro a realidade como se ela estivesse lá, presença viva, e só depois como realidade artística; a sentir a imagem com naturalidade, como imagem não manipulada nem intermediada. Mas no cinema o fragmento que passa na tela vive de fato e como representação, a cena que parece viva ali como referência do que é vivo fora dela. Ver, no cinema, na pintura, no desenho, na gravura, em toda a construção feita para o olhar, não se limita a ficar preso ao imediatamente visível. E mais do que qualquer outro modo de fazer cinema, o documentário deixa os olhos do espectador livres para passear através das imagens presas ao que se passou no instante da filmagem para perceber, sentir, ver até além do que está imediatamente visível no quadro.


Cabra marcado para morrer – ficção com vontade ser documentário, documentário com vontade de ser ficção – nasceu de uma recusa de ver as coisas assim como a boa disciplina recomenda.
Um comportamento mais disciplinado talvez tivesse retirado de Cabra marcado para morrer aquele quase minuto inteiro em que João Mariano fica calado diante do microfone sem saber o que dizer, sem olhar para a câmera, cabeça baixa, contrariado, nervoso, sem vontade de abrir a boca. Um comportamento mais disciplinado teria cortado a imagem no instante da filmagem mesmo e começado tudo de novo em lugar de desperdiçar negativo diante de um entrevistado que não quer dar entrevista alguma. Cortado aí ou pelo menos diminuído a duração do plano na mesa de montagem para saltar sem mais rodeios ao que importa, o depoimento de João Mariano, que depois do silêncio interminável finalmente explode numa fala que parece não ter fim. Uma organização mais disciplinada do material talvez tivesse eliminado esse longo tempo morto, quase um convite para que o espectador se desligue do filme. Mas o silêncio fica parado lá, inteiro, tão grande que parece uma eternidade. E assim, graças à indisciplina que manteve na íntegra a eternidade parada, o filme amplia a força do depoimento que vem em seguida: João Mariano encara a câmera, diz que não gosta de falar de umas certas coisas e rompe de vez o silêncio.

O instante fica na memória, entre outros motivos, porque contrasta com a conversa informal e espontânea encontrada quase todo o tempo neste documentário. De tal modo o que se passa na tela se passa de modo natural que o espectador reage como se estivesse diante de uma situação viva, como se o filme nem existisse. Quer dizer, o filme faz questão de dizer que existe. Este filme aqui, mais do que qualquer outro, faz questão de dizer que é um filme. O realizador aparece dentro da imagem ao mesmo tempo como autor e como personagem, conversa com as pessoas entrevistadas e também com as pessoas por trás da câmera: comenta a falta de luz dentro da casa e pergunta se vai dar para filmar; preocupa-se com um ruído que pode ter atrapalhado a gravação; pergunta se a câmera pode caminhar atrás dele; pergunta se está tudo pronto para começar a entrevista; pergunta uma qualquer outra coisa que a gente nem sabe o que é, porque pergunta feita sem palavras, com um olhar, com um gesto quase imperceptível com a cabeça ou com as mãos.


Como se trata de filmar um encontro ou reencontro naquele exato momento em que ele se realiza, o diretor se insere dentro da imagem que filma como um personagem mesmo. Quase renúncia ao controle do quadro, à composição e à duração do plano (quase, porque alguma combinação prévia ao momento da filmagem existiu entre o diretor e o fotógrafo, pelo menos a indicação de colocar mais em quadro o entrevistado que o entrevistador). Por todos os motivos, porque é mesmo personagem da história que conta, ele faz um filme sobre o filme que o golpe militar não permitiu que ele terminasse, e porque faz um filme movido pela vontade de estar mais perto das pessoas do que da câmera, o diretor renuncia ao que parece mais do que qualquer outra coisa o essencialmente cinematográfico: a definição do ponto de vista de onde a cena vai ser vista e ouvida. Renuncia para poder participar da cena enquanto cena-primeira. A cena-outra que vai ser feita pela câmera, a imagem que seleciona corta e monta a cena cinematográfica que registra reapresenta e representa a cena-primeira o cinema ali no instante da filmagem escapa do controle do diretor. É verdade, ele irá retomar a direção do processo adiante, na seleção e ordenação do material filmado, mas ali, enquanto filma, não dirige, é dirigido.
Com algum exagero: Coutinho não se interessa tanto pelo cinema enquanto cinema.
Sem exagero algum: Coutinho se interessa pelo cinema como um meio de reencontrar as pessoas que trabalharam com ele no filme não terminado, quer conversar com elas para por meio delas falar de si mesmo.

Também por tudo isso o silêncio de João Mariano soa estranho.

Cabra marcado para morrer interessa não porque conseguiu apanhar com espontaneidade uns tantos fragmentos do cotidiano; interessa de fato porque compõe com estes fragmentos uma reflexão em torno de nossa história recente, porque se estrutura de modo a revelar simultaneamente uma coisa e outra: a coisa que está ali, a parte, e mais o todo em que ela se insere e que ela representa. *
Texto retirado do site Escrever Cinema:

http://www.escrevercinema.com/Coutinho_conversa_indisciplinada.htm

Links para o filme "Cabra Marcado Para Viver", homenagem à Eduardo Coutinho com trechos do filme "Cabra marcado pra viver":


Cabra Marcado Para viver:






Em breve post em homenagem a Eduardo Coutinho.

Uma história de luta. Parte III "Eu marcharei na tua luta"

Para fechar com chave de ouro a trilogia, Dia 28 de maio de 2009, às 19 horas, será o lançamento do documentário "Eu marcharei na tua luta" De Renata Escarião, na Residência Universitária Feminina Elizabeth Teixeira no Centro de João Pessoa.

O filme conta a história da Residência Universitária fazendo referência a Elizabeth Teixeira, desde o título que é uma frase da própria.

O documentário mostra a trajetória de lutas e vitórias que as meninas da residência traçaram e até hoje lutam por condições melhores de moradia, em busca de nada mais que seus direitos com garra e determinação assim como a grande mulher que dá nome à nossa casa.

Com essa estréia que nos mostra a história da Residência Feminina, lembramos mais uma vez da história de Elizabeth.

"No meio de 18 mil pessoas, surge uma senhora idosa. A voz é baixa, mas o microfone ajustado faz com que a força da história possa levar todos e todas presentes no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília, a uma recuperação da memória. Não individual, mas àquela que se carrega quando se nasce, que já vem enraizado nos que lutam pela terra, dignidade e sobrevivência. O reencontro com o passado não tão distante assim, mas fundamental para que àquelas tantas mil pessoas pudessem estar exatamente ali, diante dos olhos fortes e das mãos calejadas.

Elizabeth Teixeira, 82 anos, é o nome desta senhora. O que ela foi levar ao 5º Congresso do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foi sua luta dentro das Ligas Camponesas, junto com seu esposo, João Pedro Teixeira, o fundador das Ligas Camponsas de Sapé, na Paraíba. De repente, atenção a cada etapa contada. Uma história de luta e, ao mesmo tempo, porque não, de amor pelo esposo e ao povo do campo que mesmo com a morte de João Pedro Teixeira, a fez continuar. Uns se emocionam. Os nordestinos se orgulham, afinal, uma paraibana. As Ligas Camponesas fazem parte da memória histórica que forma o MST. A presença de Dona Elizabeth Teixeira significou o exemplo que deve ser seguido."*

*Texto originalmente publicado no site do MST
Por:
Mayará Lima e Marina Costa.
http://www.mst.org.br/mst/pagina.php?cd=3701

Você...

Você chegou impondo sua presença em meus dias solitários

Passei a ouvir seu chamado em meus instantes mais monótonos
E Deixei você se apoderar de um coração ainda sem proteção
Que estava se reconstruindo de uma sucessão de ataques internos e externos.

Você se foi assim como chegou, sem meu consentimento, sem minha permissão.
Abriu todas as feridas que começavam a se curar
E minha rotina não é mais a mesma, nem sei o que fazia, como me sentia ou o que me motivava a levantar da cama e enfrentar outro dia maçante.
Você se foi tão rápido quanto chegou, não deu nem tempo de pensar no que estava acontecendo.

Você ainda está aqui. Claro que está. 
Não é porque decidiu sair da minha vida que saiu do meu coração...
Não é porque não te sinto fisicamente que seu fantasma, sua presença invisível não me assombra toda noite, às vezes tão real.
Não é porque não te vejo que não sonho com você nas madrugadas, quando finalmente adormeço depois da noite de insonia.

Mas você se foi e hoje não passa de uma lembrança que eu tento insistentemente transformar em outra coisa. 
Vou tentando transformar o amor em amizade e coleguismo.
É difícil mudar certas coisas.
Porque mesmo quando você vai, sempre continua aqui.

"Não tenho medo de parecer louca, pois as aparencias enganam. Tenho medo de não parecer louca..."

sábado, 23 de maio de 2009

Quem além de você

De Leoni, não diz tudo, mas boa parte do que estou sentindo agora, depois de passar uma tarde inteira escrevendo um post imenso, decidi postar apenas uma música. 
Estou tentando seguir, mas como a música diz "Quem além de você", pra me guiar? 
Enquanto isso vou perdida, tentando me encontrar em qualquer lugar...


"Foi só um sorriso e foi por amor,
Nenhuma ironia, não foi por mal
Foi quase uma senha pra te tocar
Nem foi um sorriso, foi um sinal

Por trás das palavras, da raiva de tudo
Sorri pra tentar chegar em você
Foi como fugir pra nos proteger
Enquanto eu sorrir ainda posso esquecer




Porque que
m vai te [me] abraçar?
Me fala, quem vai te [me] socorrer?
Quando chover e acabar a luz?
Pra quem você [eu] vai [vou] correr?



Quem vai me levar entre as estrelas
Quem vai fazer toda manhã me cobrir de luz
Quem além de você?
Quem além de você?

Ninguém tem razão, tenta me entender
Que a gente é maior que qualquer 
razão
Foi só um sorriso 
e foi por amor
Te juro do fundo do coração


Foi como tentar parar esse trem
Com flores no trilho e acenar pra você
Parece absurdo eu sei, mas tentei
Enquanto sorrir ainda posso esquecer


Porque quem vai te [me] abraçar?
Me fala, quem vai te [me] socorrer?
Quando chover e acabar a luz?
Pra quem você [eu] vai [vou] correr?

Quem vai me levar entre as estrelas
Quem vai fazer toda manhã me cobrir de luz
Quem além de você?
Quem além de você?




Deixa isso passar e quando passar
Eu vou estar aqui te esperando
Pra te receber e sorrir feliz dessa vez
Que esse amor é tanto



O quase show de Cabruêra

A chuva mais uma vez atrapalhou alguns dos meus planos para a noite passada (vender cerveja na frente do show de cabruêra  e Escurinho pra arrecadar grana pra o Enecom estava decididamente fora de cogitação).

O show estava programado para as 21 horas, em casa houve uma confusão quanto ao horário e as meninas não queriam sair porque achavam que já tinha começado às 19 horas. Meu pc pra variar demorou uma eternidade pra ligar e vimos no de Juliana (Química) que era de 21 horas mesmo. Saímos de casa de 21:40, [eu (jornalismo), Andréa (Música) e Naiara (Teatro)] pensando estarmos atrasadíssimas. 

O motorista não parou o ônibus perto do Centro Histórico, a rua estava vazia, pensamos que estavamos no dia errado, a chuva aumentou, um senhor tentou me vender o ingresso mais caro, havia pouquíssima gente, tinha uma goteira em cima do sofá onde sentamos, não havia nem uma musiquinha ambiente enquanto o show não começava. a hora foi avançando, a chuva aumentando e a paciência acabando... 23 horas, 24 horas.... Nada.

Os organizadores resolveram cancelar o show, mas que ia ter música free, então saimos, ficamos do lado de fora um pouco. Chegou a galera da UFPB, entramos, teve ciranda, e umas versões de Marisa Monte num ritmo muito legal (não sei como se chama).

Tomei banho de chuva, passei mal por causa da caipirinha e do cigarro, tomei mais banho de chuva, dancei, comi sanduíche natural, a galera da UFPB já havia ido embora. 

Fomos embora também, a pé, na chuva. Quando chegamos na ladeira da "Casa da Pólvora" tinha um cara sentado numa calçada (eu sei que é um julgamento, mas... de madrugada, na chuva e um pouco alta,  ninguém vai pensar em nada), saimos correndo.

Andréa deitou no meio da rua, na chuva, fiquei morrendo de vontade de fazer isso também, mas pensei que quem vai lavar minha roupa sou eu mesma, aí eu desisti.

Quase em casa, andando pela calçada eu disse para olharmos para os espaços entre uma casa e outra porque, às vezes, tem pessoas (moradores de rua ou assaltantes, a noite todos os gatos são pardos), nesse momento sai um homem e dá de cara com a gente, eu gritei... meu Deus que escandalosa e doida pra morrer. Ele não fez nada, saiu blasfemando.

Em casa, preguiça pra tomar banho, a água mais gelada que a da chuva, o efeito do álcool já quase que totalmente fora da minha cabeça. Olhei para o celular, vontade de ligar.

Eram três da manhã... tentei afastar esse pensamento da minha cabeça e fui dormir.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Mulher de palavras


As palavras doem como punhais

Sinto-as fluindo e, sem fazer muito sentindo, vão penetrando em mim
Sinto um toque suave a percorrer meu rosto e morrer em meus lábios
São lágrimas que insistem em me mostrar fraca por mais que eu tente parecer forte

As palavras saem de mim, mas ainda há algo preso
 na garganta
Algo que me sufoca, mal posso suportar

Calo-me, já falei de mais
Vou pelo mundo, perdida, observando tudo atentamente e não enxergando nada de verdade
Embarco em uma viagem sem volta em meus pensamentos, tentando esquecer o que me traz de volta à realidade

Mas à noite eu me encontro sozinha
Apenas eu e minhas palavras
E os pensamentos que já foram meus algum dia, não param de pensar em milhões de universos paralelos onde existe algo além das palavras e de mim.

Minhas palavras se calam quando vejo tudo o que sempre desejei, escorrer por entre meus dedos, sair da minha vida, mais rápido do que a lágrima cai dos meus 
olhos.

Minhas palavras se calam quando  não sinto mais o calor do corpo ao lado do meu, ouvindo minhas declarações de amor.

Minhas palavras se calam quando todas as canções exprimem o que quero dizer, mas não há mais para quem falar.

Minhas palavras se calam, meu peito se aperta, minhas mãos não se acalmam, meu pensamento fixo... o que estou fazendo? o que poderia fazer além disso?

Não há solução, as lágrimas são em vão, e nem penso em palavras de conforto ou superação, sei que o ser humano é mutável, se adapta a tudo, supera e esquece, mas é fácil você esquecer uma dor depois que ela passou, difícil é caminhar como se nada tivesse acontecido quando você sente além do peso do mundo inteiro nas costas, o peso de uma saudade.

Minhas palavras não se calam, insistentes, como se nunca tivessem sofrido;
espertas, como se nunca tivessem vacilado
Dispostas, como se nunca tivessem se escondido
Inteligentes, como se nunca tivessem errado;

Minhas palavras não se calam, falam e falam
Me expõem, para todo mundo ver
Para não me esquecer
Que as palavras que já fizeram poemas apaixonados, hoje não passam de palavras qualquer, sem sentido, sem noção. 
Hoje não passam de apenas palavras a denunciar o sofrimento da boca silenciosa, dos olhos chorosos, da mente perdida em meio a confusão do coração.

Minhas palavras falam o que eu não deveria dizer, apenas para tentar me livrar do peso de carregar tudo isso comigo, minhas palavras não me levam a lugar nenhum, nem traz ninguém aqui. 

Minhas palavras são só palavras. Sou apenas uma mulher de palavras.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Tenho um segredo para te contar...

O seu toque gélido em minha pele
É como uma provocação
Levando-me ao ápice da minha existência
A solução para tudo
O fim de toda dor e angústia

Sinto você acariciando-me
Anunciando que o fim está próximo
E será tranquilo
Tudo ficará para trás
Como se não passasse de um sonho ruim

Você veio me trazer a paz que eu busquei por tanto tempo
E agora encontrei
Na solidão de um momento único
Sentindo seu beijo gelado
E a vida que escorre por minha pele
"Eu posso senti-la"
Esvaindo-se quente
Contrastando com seu frio

Vejo-te afastando-se aos poucos
A visão ficando turva
Ainda posso te ver cheia de vida
(Da minha vida)
E suas cores lhe caem muito bem
Enquanto eu caio no chão.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Para Gustavo

Tudo o que eu já vivi, o que achei que sofri e tudo porque já chorei, não se compara a dor de perder alguém para sempre. Nunca senti isso, minha avó quando morreu eu era muito nova para entender o que estava acontecendo.


Pessoas nascem e morrem todos os dias, mas é sempre algo tão distante de nós. Os filhos dos meus amigos ou parentes vão chegando (hoje conheci o filhinho do meu colega de trabalho Luís, o Augustinho), desta vez que fui para casa não vi Cássia (que já está uma mocinha, quase do meu tamanho _ se bem que eu não sou uma boa referência para altura), Merabe (minha priminha, que já está aprendendo a falar) nem Raíssa (filha da minha amiga Alessandra e que já está começando a ficar de pé), eles representam uma vida que se inicia, com todas as possibilidades pela frente. Eu vi meu avô (ele tem 92 anos, está esclerosado e se comporta como um bebê às vezes, só que mais bravo, mais teimoso e mais pesado). São vidas como a minha diferindo na quantidade de experiência que cada uma delas tem e que ainda vão adquirir.


Ontem dia 10 de maio, dia das mães eu vi minha mãe, aproveitei meu tempo com ela, comprei um presente com meu próprio dinheiro e cozinhei para ela, fomos à feira, contei minhas histórias e meus planos, falamos também das dificuldades, ela é tudo para mim, posso contar com ela sempre. Meu apoio e minha fortaleza. Fiz de tudo para que o dia das mães e o tempo que eu passei com ela fosse aproveitado da melhor forma possível.


À noite já estava de volta à minha casa, um amigo meu veio falar dos seus irmãos, eu já sabia qual seria o assunto. Ele me mandou um texto, pediu para eu ler e apagar, não salvar em lugar nenhum (eu não tive coragem de jogar fora, mas não vou publicar, atendendo ao pedido dele), mas não poderia deixar de falar sobre isso aqui. As palavras que ele escreveu me tocaram tão profundamente que comecei a chorar muito e refletir sobre minha vida.


Há um ano atrás os irmãos dele foram buscar o presente de dia das mães e nunca mais voltaram, foram vítimas da imprudência no trânsito de outra pessoa. Mudando assim toda a vida de uma família, de várias famílias na verdade. Há as namoradas deles, os outros familiares, os amigos e até quase desconhecidos (Só os vi pessoalmente um dia quando fui estudar com o irmão deles. O mais velho estava pintando a casa, e o outro jogando na casa de jogos do mais velho) que como eu sentem uma angústia enorme, não é semper, já que eu não convivia com eles, mas às vezes é muito forte. Chega a doer no peito.


Eles estavam no início de suas vidas também, com milhares de experiências para serem vividas, havia trabalho, estudo alegria e também adversidades e agora tudo se foi num piscar de olhos deixando apenas lembranças.


Por isso hoje eu presto minha solidariedade para você Guga, hoje e sempre. Você tem também todo o meu respeito e admiração, por sua força e coragem, por conseguir passar pela adversidade e superar a saudade e a dor e ser o homem que é hoje. Posso imaginar tudo o que você passou nesse ano, mas não sou capaz de sentir realmente, o pouco que sinto é o suficiente para perceber o quanto você é forte. Tenho orgulho de ser sua amiga, te adoro, conte semper comigo.


Obs 1: Texto publicado com aprovação de Guga;

Obs 2: Tome cuidado no trânsito, não bebam se forem dirigir e respeitem a sinalização;

Obs 3: Melhor perder um minuto da vida que a vida em um minuto.


Homenagem à Augusto e César!


"Tu eres capaz de hacer la diferencia, un pequeño paso puede detonar un cambio en la humanidad, una sonrisa o un gesto puede cambiar las cosas, rendirse nunca es opción, se debe seguir y ver que siemper en lo malo, en lo que nos hace daño, hay propósitos quizá tan superiores que escapan a nuesra compreensión, yo soy victima y no diría victima, sino una superviviente de las mejores, porque a través del dolor soy y pienso como ahora y de eso no me arrepiento ni veo que haya sucedido nada en vano"


*No dejes que el dolor te deje inmune o paralice, de cada cosa buena o mala se puede aprender


Texto escrito dia 11 de maio de 2009, demorei para publicar esperando o consentimento de Gustavo!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A fórmula da Coca-cola!


Depois de ler este texto estou pensando seriamente em largar o vício!


"Na verdade, a fórmula 'secreta' da Coca-Cola se desvenda em 18 segundos em qualquer espectrômetro-ótico, e basicamente até os cachorros a conhecem. Só que não dá para fabricar igual, a não ser que você tenha uns 10 bilhões de dólares para brigar com a Coca-Cola na justiça, porque eles vão cair matando. A fórmula da Pepsi tem uma diferença básica da Coca-Cola e é proposital exatamente para evitar processo judicial. Não é diferente porque não conseguiram fazer igual não, é de propósito, mas próximo o suficiente para atrair o consumidor da Coca-Cola que quer um gostinho diferente com menos sal e açúcar. 

Entre outras coisas, fui eu quem teve que aprender tudo sobre refrigerante gaseificado para produzir o guaraná Golly aqui (nos EUA), que usa o concentrado Brahma. Está no mercado até hoje, mas falhou terrivelmente em estratégia promocional e vende só para o mercado local, tudo isso devido à cabeça dura de alguns diretores. Tive que aprender química, entender tudo sobre componentes de refrigerantes, conservantes, sais, ácidos, cafeína, enlatamento, produção de label de lata, permissões, aprovações e muito etc. e tal. Montei um mini-laboratório de análise de produto, equipamento até para analisar quantidade de sólidos, etc. Até desenvolvi programas para PC para cálculo da fórmula com base nos volumes e tipo de envasamento (plástico ou alumínio), pois isso muda os valores e o sabor. Tivemos até equipe de competição em stock-car. 

Tire a imensa quantidade de sal que a Coca-Cola usa (50 mg de sódio na lata) e você verá que a Coca-Cola fica igualzinha a qualquer outro refrigerante sem-vergonha e porcaria, adocicado e enjoado. É exatamente o Cloreto de Sódio em exagero (que eles dizem ser ' very low sodium') que refresca e ao mesmo tempo dá sede em dobro, pedindo outro refrigerante, e não enjoa porque o tal sal mata literalmente a sensibilidade ao doce, que também tem de montão: 39 gramas de 'açúcar' (sacarose). 

É ridículo, dos 350 gramas de produto líquido, mais de 10% é açúcar. Imagine numa lata de Coca-Cola, mais de 1 centímetro e meio da lata é açúcar puro... Isso dá aproximadamente umas 3 colheres de sopa CHEIAS DE AÇÚCAR POR LATA !... - Fórmula da Coca-Cola?... Simples: Concentrado de Açúcar queimado - Caramelo - para dar cor escura e gosto; ácido ortofosfórico (azedinho); sacarose - açúcar (HFCS - High Fructose Corn Syrup - açúcar líquido da frutose do milho); extrato da folha da planta COCA (África e Índia) e poucos outros aromatizantes naturais de outras plantas, cafeína, e conservante que pode ser Benzoato de Sódio ou Benzoato de Potássio, Dióxido de carbono de montão para fritar a língua quando você a toma e junto com o sal dar a sensação de refrigeração. O uso de ácido ortofosfórico e não o ácido cítrico como todos os outros usam, é para dar a sensação de dentes e boca limpa ao beber, o fosfórico literalmente frita tudo e em quantidade pode até causar decapamento do esmalte dos dentes, coisa que o cítrico ataca com muito menor violência, pois o artofosfórico 'chupa' todo o cálcio do organismo, podendo causar até osteoporose, sem contar o comprometimento na formação dos ossos e dentes das crianças em idade de formação óssea, dos 2 aos 14 anos. 

Tente comprar ácido fosfórico para ver as mil recomendações de segurança e manuseio (queima o cristalino do olho, queima a pele, etc.). Só como informação geral, é proibido usar ácido fosfórico em qualquer outro refrigerante, só a Coca-Cola tem permissão... (claro, se tirar, a Coca-Cola ficará com gosto de sabão). O extrato da coca e outras folhas quase não mudam nada no sabor, é mais efeito cosmético e mercadológico, assim como o guaraná, você não sente o gosto dele, nem cheiro, (o verdadeiro guaraná tem gosto amargo) ele está lá até porque legalmente tem que estar (questão de registro comercial), mas se tirar você nem nota diferença no gosto. O gosto é dado basicamente pelas quantidades diferentes de açúcar, açúcar queimado, sais, ácidos e conservantes. 

Tem uma empresa química aqui em Bartow, sul de Orlando. Já visitei os caras inúmeras vezes e eles basicamente produzem aromatizantes e essências para sucos. Sais concentrados e essências o dia inteiro, caminhão atrás de caminhão! Eles produzem isso para fábricas de sorvete, refrigerantes, sucos, enlatados, até comida colorida e aromatizada. Visitando a fábrica, pedi para ver o depósito de concentrados das frutas, que deveria ser imenso, cheio de reservatórios imensos de laranja, abacaxi, morango, e tantos outros (comentei). O sujeito olhou para mim, deu uma risadinha e me levou para visitar os depósitos imensos de corantes e mais de 50 tipos de componentes químicos. O refrigerante de laranja, o que menos tem é laranja; morango, até os gominhos que ficam em suspensão são feitos de goma (uma liga química que envolve um semipolímero). Abacaxi é um festival de ácidos e mais goma. Essência para sorvete de Abacate? Usam até peróxido de hidrogênio (água oxigenada) para dar aquela sensação de arrasto espumoso no céu da boca ao comer, típico do abacate. 

O segundo refrigerante mais vendido aqui nos Estados Unidos é o Dr. Pepper, o mais antigo de todos, mais antigo que a própria Coca-Cola. Esse refrigerante era vendido obviamente sem refrigeração e sem gaseificação em mil oitocentos e pedrada, em garrafinhas com rolha como medicamento, nas carroças ambulantes que você vê em filmes do velho oeste americano. Além de tirar dor de barriga e unha encravada, também tirava mancha de ferrugem de cortina, além de ajudar a renovar a graxa dos eixos das carroças. Para quem não sabe, Dr. Pepper tem um sabor horrível, e é muito fácil de experimentar em casa: pegue GELOL spray, aquele que você usa quando leva um chute na canela, e dê um bom spray na boca! Esse é o gosto do tal famoso Dr.Pepper que vende muito por aqui.

- Refrigerante DIET Quer saber a quantidade de lixo que tem em refrigerante diet? Não uso nem para desentupir a pia, porque tenho pena da tubulação de pvc... Olha, só para abrir os olhos dos cegos: os produtos adocicantes diet têm vida muito curta. O aspartame, por exemplo, após 3 semanas de molhado passa a ter gosto de pano velho sujo. Para evitar isso, soma-se uma infinidade de outros químicos, um para esticar a vida do aspartame, outro para dar buffer (arredondar) o gosto do segundo químico, outro para neutralizar a cor dos dois químicos juntos que deixam o líquido turvo, outro para manter o terceiro químico em suspensão, senão o fundo do refrigerante fica escuro, outro para evitar cristalização do aspartame, outro para realçar, dar 'edge' no ácido cítrico ou fosfórico que acaba sofrendo pela influência dos 4 produtos químicos iniciais, e assim vai... A lista é enorme. 

Depois de toda essa minha experiência com produção e estudo de refrigerantes, posso afirmar: Sabe qual é o melhor refrigerante? Água filtrada, de preferência duplamente filtrada, laranja ou limão espremido e gelo... Mais nada !!! Nem açúcar, nem sal. (AUTOR: ANÔNIMO)"


domingo, 10 de maio de 2009

Manifesto por uma assistência estudantil de qualidade*


A Universidade Federal da Paraíba (UFPB) está longe de ter a Assistência Estudantil como pauta e prioridade. Como reflexo direto do sucateamento do ensino público no país, agravado pela expansão sem qualidade proveniente do REUNI, as bases de permanência do estudante de baixa renda na Universidade estão comprometidas. A UFPB conta com duas residências universitárias para abrigar pessoas oriundas do interior do Estado e de outros estados: uma mista no campus com 290 vagas e uma feminina situada no centro da cidade com 60 vagas. Somente neste período, 50 estudantes não foram contemplados por moradia estudantil e terão de voltar para as suas cidades, pois não têm condições de estudar aqui.


A residência feminina encontra-se em total descaso. Infiltrações, parte do telhado e um banheiro caindo, esgoto estourado debaixo da casa, dentre outras atrocidades.

O Restaurante Universitário (RU) não atende a demanda e ainda por cima temos um RU2 fechado há mais de dois anos para reforma, que pretende reabrir pago. Mais um direito que querem tirar de nós, estudantes.

A partir disto, nós, moradoras da Residência Universitária Feminina Elizabeth Teixeira, convocamos os estudantes desta Universidade à luta!

Por uma assistência digna de fato e qualidade!
Pela reforma das residências existentes
Pela construção de uma nova residência masculina e feminina
Pela reabertura do RU2 gratuito

Ato publico em defesa da Assistência Estudantil!
Concentração: dia 05 de maio, às 11h no RU**

PORQUE MORADIA
NÃO SE ADIA!

* Manifesto distribuído pela coordenação da Residência Feminina Elizabeth Teixeira.

** O manifesto está sendo publicado atrasado, mas antes tarde que nunca! *risos* e não é porque o ato publico (a ocupação da reitoria) já passaram que vamos cruzar os braços e esperar a boa vontade do reitor, a luta continua!

Vídeo da primeira reforma:

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Ocupação da Reitoria

Invasão essa foi a palavra usada pela maioria dos jornais, como uma forma de caracterizar nosso ato como algo negativo. Chegamos na reitoria (digo chegamos porque considero que mesmo eu não estando lá, faço parte do grupo por sermos todas moradoras da residência) por volta de meio-dia, com cartazes, apitos e palavras de ordem, lá ficamos à espera do Reitor por um longo tempo e em momento algum houve desânimo (eu já havia chegado essa hora), continuamos a cantar e batucar exigindo nossos direitos.

Alguns canais de Tv mandaram repórteres que deturparam as respostas e publicaram dados incompletos, principalmente na net, o portal correio cometeu muitos erros como dizer que moram cem pessoas na residência, quando na verdade são apenas 60; falou também que a última reforma foi a dois meses, mas foi a quatro anos; ainda disse que estavamos acampadas no hall da reitoria (não havia barracas, nem nenhum outro indicio ali que mostrasse que pretendiamos passar a noite, não estavamos acampadas, mas apenas esperando o reitor vir falar conosco).

Perto das cinco da tarde, o reitor decidiu vir falar conosco, fomos para uma sala de reuniões e ele começou a falar, parecia mais que era campanha eleitoral, apontando tudo o que tinha feito. Falou até da reforma na residência mista do campus, a "reforma" nada mais é do que erguer um muro para esconder as roupas que os residentes estendem, apenas uma questão estética, para não contrastar com a beleza do CCS (Centro de Ciências da Saúde).

Campanha à parte ele ouviu nossas propostas, mas não deu prazos para as melhorias na casa, alegou o que se diz em todo orgão público, que para a realização de qualquer obra precisa enfrentar a maior burocracia, enquanto isso rezamos para a casa aguentar até lá.

Os problemas:

  • A infra-estrutura da casa está comprometida por um esgoto estourado bem embaixo da residência;
  • banheiros quebrados;
  • infiltrações nas paredes e teto;
  • bebedouros inutilizados;
  • fiação antiga, risco de curto circuito e perda de eletrodomesticos;
  • etc.
Acho que já são motivos suficientes, mas depois de todo essa ação, algumas pessoas podem perguntar porque fizemos isso e não uma conversa com os orgãos responsáveis pela casa ou até com o próprio reitor.

Fizemos isso, desde que apareceu o primeiro buraquinho na parede, mas foram deixando passar e agora a situação está muito grave. Marcamos reuniões com as pró-reitorias, depois com o reitor e nada de retorno, então para resolver o problema decidimos tomar medidas radicais!


Capa do Jornal da Paraíba

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Era uma vez...

Era uma vez uma garota muito relax e descansada, que queria passar seus dias na luz do computador em seu quartinho confortável, essa menina tinha uma madrasta chamada Universidade, essa madrasta a obrigava a acordar cedo, a trabalhar duro, mas ela não reclamava (muito). Certo dia essa garota foi mandada para o micro-ondas (com hífen é muito estranho), mais conhecido como CCTA (Complexo de Comunicação Turismo e Artes), chegando lá a garota começoua a aprontar e mesmo não fazendo artes ela não parava de fazer arte, a vida era uma festa, exceto no final de período que todo mundo fica estressado!
Então apareceram inimigos naturais primeiro foi a professora fantasma que assombrava os alunos de português I, seguido pelo bicho papão de sociologia que pretendia Converter todos os VHS em DVDs (Vocês aceitam o DVD player como seu senhor?!), porém havia o anjo da guarda de filosofia; o fabricante de sonhos (não é qualquer um que deixa um equipamento caro de Tv na mão de um monte de foca) e o protetor do conhecimento, da língua enrolada, aquele que vê além, de realidade brasileira (O senhor fodástico, conhecido por alguns como Inho Inho, né juh?, rsrsr).
A garota ia derrotando todos os inimigos e ganhando aliados, na próxima estação surgiram as dúvidas, Teoria I, tecnicas para se defender aprendendo a observar o mundo ao redor com fotojornalismo, o léxico invadindo nossas mentes e enrolando nossos cabelos, de portugues II, e ela começou a explorar além das fronteiras do micro-ondas com inglês, e mais uma vez um professor fantasma, PERO. A garota já estava se acostumando com esses seres que sabemos que existem, mas não vemos.
Os inimigos foram ficando mais fortes e mais dificeis de derrotar, as viagens de Teoria II,o pré-projeto de TMPC, e os irmãos PERO e TREP-J, porém teve a leveza de Português III.
Depois da tempestade sempre vem a calmaria, e a calmaria estava passando, isso quer dizer que viria tempestade, um lobo mau apareceu (aula de ética) com sua fome de leis e de moral, tirando a calma da garota, e agora ela não consegue mais dormir porque precisa encontrar meios de vencer este inimigo poderoso.

Ela já tentou de tudo, gazear aula, chegar atrasada, tirar um cochilo de uma aula inteira, mas nada da certo, a fome por ensinar do professor é maior que o esforço da pobre garota.
O lobo armou elaborou um plano (seminário), a garota para se salvar inventou alguma desculpa esfarrapada e "passou perna" no lobo, mas ela não esperava que ele tivesse uma armadilha pronta (reposição), e agora eu me pergunto, o que a garota pode fazer?
Ela finalmente se rende, depois de lutar muito, faz o trabalho e ainda encontra tempo para salvar os leitores do seu blog do abandono e do tédio de não ter posts já há alguns dias.
Em breve, ou não, mais "aventuras" putz, nem pensei num nome legal, pra não ficar chamando garota, garota direto... deem sugestões, faço enquente e escolho o nome.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Frases ouvidas e pronunciadas recentemente...

Saída de festa:
_Qualquer coisa, liga 190! 

Amiga:
_Você tem que aprender a mentir!

Cineport:
_Eu só queria fumar minha maconha em paz no cineport 

_É uma marca de nascença_ eu 
_ nascesse com ela foi?_ alguém, não lembro quem

UFPB:
_Professor, essa parte da Nova Ética eu não li, posso deixar para trazer o exercício junto com a reposição semana que vem?
_Pode.
_Então eu vou sair da sala para não atrapalhar os outros, viu?! (ôh menina compreensiva! *risos*).

Na cozinha:
_Você acha que isso tá bom? (cheiro do extrato de tomate).
Cara feia seguida de pausa _É o cheiro dele mesmo!

O cara que demorou uma semana pra vir buscar minha geladeira para levar para consertar:
_Eu gosto de você Marília!
_Imagina se não gostasse seu Naldo!

_O que quebrou a geladeira foi esse troço! (um imã em forma de morcego)
_Por quê?
_Por que isso traz azar!
_É a mesma coisa de uma banana ou um morango.
_Não é não, banana e morango não traz (sic) azar.

Cineport:
_Tô com sede, vou tomar uma coca_ eu
_Acabou a coca-cola_vendedora (sou cocacolatra).

_Vai passar "Onde andará Dulce Veiga", como é que eu faço pra assistir? (é na hora do estágio)
_Não faz!

Casa:
_O que aconteceu com tua geladeira?
_Ela diminuiu! (foi trocada por um frigobar)

Festa:
_Fala alguma coisa pra ela.. oi, sei lá...
_Alguma coisa, oi, sei lá...

Cineport:
_Olha ali, Max Fercondine
_Quem?!

_Alguém pode colocar legenda no filme?
_Tá falando português!!

Sala Andorinha, Cineport:
_Tá frio, vamos sair daqui!
_Nada, se cobre com o jornal, esquenta.

Em casa num black out:
_Meu Deus! os zumbis vão pegar a gente!!

_Vamos brincar de jogo da verdade? (chegou energia)

_vamos fazer caipirinha?
_vamos sim, vou buscar as laranjas! (hum?!)
_pega um liquidificador! (pra ligar com que energia?)

_Ilumina o chão, não é a cara da gente não!

_Tá dando vontade de miar!

_Droga! eu lavei o cabelo e não tem como secar 

_Tu não tem um baralhinho ai não, um dominó, uno...?

UFPB:
_É o fim do mundo! Falta água, falta energia, daqui a pouco a gente vai ter que plantar as coisas pra comer!

_Eu não quero morrer agora não, nem fui pra França ainda.

No fiteiro durante o black out:
_Manuel, me dá um coxão com coca, antes que o coxão esfrie e a coca esquente!

Primeiro black out:
_Faltou energia na UFPB.

_Eu ouvi que faltou nos Bancários (bairro proximo à UFPB)

(telefone)_ Marília, aí tem energia?  porque aqui no centro não tem. (Um pouco longe da UFPB)

_Fiquei sabendo que faltou em Santa Rita, Bayeux e Cabedelo (São outras cidades).

_Todo o litoral norte tá sem energia!

_Eu tô há um tempão tentando ligar pra o Rio de Janeiro e não consigo!

_Meu Deus! é o arrebatamento! todo mundo foi levado e só ficou a gente na terra!

Em casa:
_Eu não consigo levantar!
_Por quê?
_Porque você está em cima de mim!

_Eu moro no 203
_Qual é o teu quarto
_O que tem dizendo 203!

Na barraquinha de Crepe:
_Tem crepe de chocolate?
_Acabou!
_Eu quero um! (é uma pessoa que escuta o que os outros falam)

No msn:
_Desculpa estar te dando essa bronca, Má!
_Tudo bem, eu não ouvi metade do que você falou!

Com Ana Paula:
_Você ouve o que eu falo com você?
_Ouço... só o final!

Cineport:
_Ricardo é mais feio pessoalmente! (prefeito de João Pessoa)

Tambaú:
_Eu comprei um galeto desses de cinco reais e todo mundo lá em casa comeu e ainda sobrou!
_Você mora com quantas pessoas?
_Sozinha

_Porque todo mundo que faz jornalismo insiste em ser piadista hein?

Num engarrafemento:
_Podem cochilar ai, porque vai demorar _Motorista do ônibus.