quinta-feira, 14 de maio de 2009

Para Gustavo

Tudo o que eu já vivi, o que achei que sofri e tudo porque já chorei, não se compara a dor de perder alguém para sempre. Nunca senti isso, minha avó quando morreu eu era muito nova para entender o que estava acontecendo.


Pessoas nascem e morrem todos os dias, mas é sempre algo tão distante de nós. Os filhos dos meus amigos ou parentes vão chegando (hoje conheci o filhinho do meu colega de trabalho Luís, o Augustinho), desta vez que fui para casa não vi Cássia (que já está uma mocinha, quase do meu tamanho _ se bem que eu não sou uma boa referência para altura), Merabe (minha priminha, que já está aprendendo a falar) nem Raíssa (filha da minha amiga Alessandra e que já está começando a ficar de pé), eles representam uma vida que se inicia, com todas as possibilidades pela frente. Eu vi meu avô (ele tem 92 anos, está esclerosado e se comporta como um bebê às vezes, só que mais bravo, mais teimoso e mais pesado). São vidas como a minha diferindo na quantidade de experiência que cada uma delas tem e que ainda vão adquirir.


Ontem dia 10 de maio, dia das mães eu vi minha mãe, aproveitei meu tempo com ela, comprei um presente com meu próprio dinheiro e cozinhei para ela, fomos à feira, contei minhas histórias e meus planos, falamos também das dificuldades, ela é tudo para mim, posso contar com ela sempre. Meu apoio e minha fortaleza. Fiz de tudo para que o dia das mães e o tempo que eu passei com ela fosse aproveitado da melhor forma possível.


À noite já estava de volta à minha casa, um amigo meu veio falar dos seus irmãos, eu já sabia qual seria o assunto. Ele me mandou um texto, pediu para eu ler e apagar, não salvar em lugar nenhum (eu não tive coragem de jogar fora, mas não vou publicar, atendendo ao pedido dele), mas não poderia deixar de falar sobre isso aqui. As palavras que ele escreveu me tocaram tão profundamente que comecei a chorar muito e refletir sobre minha vida.


Há um ano atrás os irmãos dele foram buscar o presente de dia das mães e nunca mais voltaram, foram vítimas da imprudência no trânsito de outra pessoa. Mudando assim toda a vida de uma família, de várias famílias na verdade. Há as namoradas deles, os outros familiares, os amigos e até quase desconhecidos (Só os vi pessoalmente um dia quando fui estudar com o irmão deles. O mais velho estava pintando a casa, e o outro jogando na casa de jogos do mais velho) que como eu sentem uma angústia enorme, não é semper, já que eu não convivia com eles, mas às vezes é muito forte. Chega a doer no peito.


Eles estavam no início de suas vidas também, com milhares de experiências para serem vividas, havia trabalho, estudo alegria e também adversidades e agora tudo se foi num piscar de olhos deixando apenas lembranças.


Por isso hoje eu presto minha solidariedade para você Guga, hoje e sempre. Você tem também todo o meu respeito e admiração, por sua força e coragem, por conseguir passar pela adversidade e superar a saudade e a dor e ser o homem que é hoje. Posso imaginar tudo o que você passou nesse ano, mas não sou capaz de sentir realmente, o pouco que sinto é o suficiente para perceber o quanto você é forte. Tenho orgulho de ser sua amiga, te adoro, conte semper comigo.


Obs 1: Texto publicado com aprovação de Guga;

Obs 2: Tome cuidado no trânsito, não bebam se forem dirigir e respeitem a sinalização;

Obs 3: Melhor perder um minuto da vida que a vida em um minuto.


Homenagem à Augusto e César!


"Tu eres capaz de hacer la diferencia, un pequeño paso puede detonar un cambio en la humanidad, una sonrisa o un gesto puede cambiar las cosas, rendirse nunca es opción, se debe seguir y ver que siemper en lo malo, en lo que nos hace daño, hay propósitos quizá tan superiores que escapan a nuesra compreensión, yo soy victima y no diría victima, sino una superviviente de las mejores, porque a través del dolor soy y pienso como ahora y de eso no me arrepiento ni veo que haya sucedido nada en vano"


*No dejes que el dolor te deje inmune o paralice, de cada cosa buena o mala se puede aprender


Texto escrito dia 11 de maio de 2009, demorei para publicar esperando o consentimento de Gustavo!

2 Pensaram a respeito:

CARLA FABIANE... disse...

oi amiga...
fiquei emocionada com seu post, muito mesmo...
é a vida é mesmo assim, uma eterna renovação, uns nascem e outros partem, e procuro acreditar que viram anjos, nos deixam lições de vida, e muita saudade...
amiga...
vc tem um coração lindo, lindo!
sinto pelo Gustavo, que perdeu pessoas queridas, por falta de consciência de muitos.
é muito triste, que achem normal dirigir enbriagados, feito loucos, essas pessoas vão responder perante Deus por suas ações pode ter certeza.
E EU NÃO QUERO ESTAR NA PELE DELAS QUANDO ISSO ACONTECER, CADA LÁGRIMA DERRAMADA PELOS QUE AQUI FICARAM SERÁ COBRADA.
AMIGA VOU EMBORA CHORANDO...
BEIJOS...
FIQUE COM DEUS!

Wilson Rezende disse...

Ótimo domingo para ti.