sexta-feira, 8 de maio de 2009

Ocupação da Reitoria

Invasão essa foi a palavra usada pela maioria dos jornais, como uma forma de caracterizar nosso ato como algo negativo. Chegamos na reitoria (digo chegamos porque considero que mesmo eu não estando lá, faço parte do grupo por sermos todas moradoras da residência) por volta de meio-dia, com cartazes, apitos e palavras de ordem, lá ficamos à espera do Reitor por um longo tempo e em momento algum houve desânimo (eu já havia chegado essa hora), continuamos a cantar e batucar exigindo nossos direitos.

Alguns canais de Tv mandaram repórteres que deturparam as respostas e publicaram dados incompletos, principalmente na net, o portal correio cometeu muitos erros como dizer que moram cem pessoas na residência, quando na verdade são apenas 60; falou também que a última reforma foi a dois meses, mas foi a quatro anos; ainda disse que estavamos acampadas no hall da reitoria (não havia barracas, nem nenhum outro indicio ali que mostrasse que pretendiamos passar a noite, não estavamos acampadas, mas apenas esperando o reitor vir falar conosco).

Perto das cinco da tarde, o reitor decidiu vir falar conosco, fomos para uma sala de reuniões e ele começou a falar, parecia mais que era campanha eleitoral, apontando tudo o que tinha feito. Falou até da reforma na residência mista do campus, a "reforma" nada mais é do que erguer um muro para esconder as roupas que os residentes estendem, apenas uma questão estética, para não contrastar com a beleza do CCS (Centro de Ciências da Saúde).

Campanha à parte ele ouviu nossas propostas, mas não deu prazos para as melhorias na casa, alegou o que se diz em todo orgão público, que para a realização de qualquer obra precisa enfrentar a maior burocracia, enquanto isso rezamos para a casa aguentar até lá.

Os problemas:

  • A infra-estrutura da casa está comprometida por um esgoto estourado bem embaixo da residência;
  • banheiros quebrados;
  • infiltrações nas paredes e teto;
  • bebedouros inutilizados;
  • fiação antiga, risco de curto circuito e perda de eletrodomesticos;
  • etc.
Acho que já são motivos suficientes, mas depois de todo essa ação, algumas pessoas podem perguntar porque fizemos isso e não uma conversa com os orgãos responsáveis pela casa ou até com o próprio reitor.

Fizemos isso, desde que apareceu o primeiro buraquinho na parede, mas foram deixando passar e agora a situação está muito grave. Marcamos reuniões com as pró-reitorias, depois com o reitor e nada de retorno, então para resolver o problema decidimos tomar medidas radicais!


Capa do Jornal da Paraíba

3 Pensaram a respeito:

una mente sin recuerdos... disse...

que lindo el escrito
te doy las gracias por pasar por mi blog. y por valorar lo que escribo.
esta muy bueno el escrito
le dejo un beso
y de paso me hago su seguidora =)

ELANE, Mulher de fases! disse...

Marília, qdo acontecer alguma tragédia, aí eles tomam atitude...q horror!!
abçao lindona!!
elane

mo.rafaella@gmail.com disse...

Ei, sem comentar o post, pq eu juro que eu nao li, mas eu garanto que eu lerei: vc conhecia o blog FEOP? Vai no meu blog e dá uma olhada, no link (segundo link dos blogs)... Beijos