sábado, 29 de agosto de 2009

Amar se aprende amando*


Pouco tempo atrás movida de muita TPM, saudade extrema e uma dose de solidão inevitável, eu questionei o amor, questionei os motivos do amor, a intensidade, a verdade.


Mas agora, depois de um tempo, vejo que o amor não pode acabar, mas pode ser confundido, quem disse que tudo o que sentimos por outrem é amor? Buscamos o amor tão incessantemente que quando encontramos qualquer coisa (até por não conhecê-lo) julgamos ser amor. E insistimos no sentimento até percebermos que tudo esfriou, tudo mudou apesar de estar do mesmo jeito. E diz-se "O amor acabou". Se acabou é porque não era amor. O amor não morre. O amor é eterno e é ele que move o mundo.

Agora eu remeto a uma frase que li no blog Elvis Costello Gritou meu Nome "O problema é que eu amo de mais qualquer coisa que se apresente com a mínima intenção de me amar também" e aí onde me perco. Talvez não seja amor o que eu sinto, seja apenas necessidade (talvez eu nem esteja interpretando de forma correta o que a frase disse, mas me fez refletir desta maneira).

Assim eu vejo o quão egoísta meu sentimento/necessidade se tornou. Eu amo? Não sei. Eu preciso? Se sim, por quê? Mas se for realmente amor... é amor a quem? O que estou tentando dizer é que esses sentimentos se confundem, mas de toda a bagunça formada na cabeça, aquele algo limpo e puro que resta, é justamente o amor.

E só vê o amor, quando passou a cegueira da paixão. Então eu me peguei pensando, pra que insistir se não é recíproco? E se depois de o tempo passar ainda sinto algo, isso pode ser amor, mas não posso obrigar ninguém a me amar. Não é assim que funciona. E insistir demasiado é obsessão.

A maior prova de amor que eu posso dar neste momento é justamente deixar ir... Ser feliz. Encontrar o amor verdadeiro, se não foi comigo é porque não era para ser. Amar outra pessoa é querer vê-la feliz, e isso não quer dizer necessariamente fazer parte ou ser o motivo dessa felicidade.

O amor que eu sentia era egoísta, não era nem amor a mim mesma, pois sofria pelo fato de não ser correspondida, Não posso obrigar alguém a gostar de mim, até porque se não for espontâneo não é amor e só traz sofrimento (para todos).

Meu amor ainda é egoísta, mas estou tentando pensar menos na minha felicidade e mais na de outrem. Melhor sofrer sozinha que fazer alguém sofrer...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

24-04-09 13:16

Passei um tempo sem lembrar do meu coração, deixei-o de lado, esqueci sua dor.Não sem perceber, mas propositalmente. Sempre que ele vinha me encomodar com lágrimas e com dor eu simplesmente o ignorava, pensava em outra coisa e seguia em frente.


Mas hoje, justo hoje, não sei porque comecei a pensar em coisas que fazem meu coração doer. Desenterrei toda mágoa e tudo de ruim que estava guardado dentro de mim. Voltei a pensar em palavras duras que ouvi e a matar a esperança que às vezes sinto que é mais forte que eu.

Remexi na fenda do coração que estava quase totalmente cicatrizada. Porque não posso deixar de sentir essa dor. É ela que me dá base para a seriedade. E é muito estranho tudo isso. Como posso ser tão frágil e ser dominada por um sentimento? Sentir necessidade de pertencer a alguém? Quando o que eu preciso na verdade é pertencer a mim mesma.

João Pessoa, 24/04/09 13:16
M.D.

domingo, 23 de agosto de 2009

À tudo que é meu...

Os papéis que me ouvem
Os livros que me veem
As letras que me falam
O silêncio que me acompanha
A história... minha vida
A memória, minha inimiga.
A música que me ensurdece
As palavras que me emudecem
À Tudo isso
Ao que me pertence...
A sabedoria que me engana!



quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O que é o amor?

O que é o amor? Será que isso realmente existe, ou será que existem várias formas de amar? Eu amo minha mãe (embora certas vezes ela me deixe de saco cheio), amo meus filhos (meus animais de estimação), amo meus amigos, tenho pouquíssimo (porém algum) amor próprio, amo escrever, amo... amo... amo...

Mas e aquele amor romântico? Aquele que se destina a alguém especial. Aquele que vai preencher seus pensamentos nas horas de ócio, de trabalho, de estudo e até o subconsciente enquanto você sonha? Aquele amor é realmente amor?

O que é o amor? Para você. Será que já amou? Só se ama uma vez? E o que era aquilo que sentia por quem veio antes de mim? E o que você sente por quem agora ocupa meu lugar?

Será que era amor? Me provoca, me convence, me mostra que damos certo. Você sabe o que é o amor? Você que ama a novidade. Amar a novidade é amar de verdade?

Uma hora a novidade acaba, você se cansa. Você se cansa dos meus poemas, se cansa das minhas palavras apaixonadas, você se cansa da forma como eu te olho, se cansa do meu sorriso bobo de manhã. Se cansa da minha cama de solteiro e daquela cor alaranjada do lençol. Você se cansa de ficar com o travesseiro bom. De ficar com o travesseiro ruim. Cansa da comida que eu faço, da comida que compramos pronta, de sair pra comer fora. Você se cansa das minhas roupas, do meu cabelo, do meu cheiro, do meu corpo, meu toque, meu cafuné. Você simplesmente cansa porque eu era novidade e agora sou só rotina. Você se cansa de ser o centro do meu mundo e me joga para as periferias do seu.

E agora? O que é o amor? Talvez você já tenha sabido, talvez não. Talvez um dia saiba, talvez não. Talvez você já o tenha encontrado e deixado passar, ou não. Não consigo entender o amor. Talvez justamente por não ser de amor que estou falando aqui. Só porque para mim era assim, deveria ser para você? Talvez nem fosse amor mesmo, quem vai saber?

E agora? Você continua em busca de novidade e eu da mesma estabilidade que sempre busquei. Você se diverte e eu sofro por não ter mais quem eu julgava ser meu amor. Agora você troca tudo o que eu sentia por uma novidade qualquer, qualquer uma. Você deixa de ser o amor da vida de alguém para viver só mais uma novidade, ser só mais uma novidade. Mas e quando novamente a novidade acabar?

M.D.
João Pessoa, 20 de agosto de 2009, 12:44

Dessa vez

E eu que prometi não chorar mais por você, sinto as lágrimas percorrerem novamente minha face. E eu que jurei não mais te ligar, luto com meu celular que mostra teu nome na tela. Eu que jurei que não nutriria mais certos tipos de sentimentos por ninguém, me vejo aqui, ainda apaixonada, boba, feito uma qualquer. E eu, justo eu, que te avisei da possibilidade de te amar. Da possibilidade de ficar perdidamente apaixonada, de amar loucamente. Eu, que te avisei que poderia te entregar tudo, todo o meu sentimento, toda a minha vida. Eu, justo eu, que te disse que não sabia amar pela metade, que não sabia ser racional o suficiente a ponto de não desejar dar meu melhor por quem eu quero bem. Eu, que te avisei que precisava aprender a ser egoísta, mas que não seria desta vez.

E você que me fez chorar, que faz minhas lágrimas perderem a vergonha e caminharem por meu rosto cansado de sofrer. Você, que me faz te lembrar mais e mais, a cada toque, cada chamada. Você que me fez sentir coisas que julguei não ser mais capaz, me fez perder a racionalidade. Você, justo você que teve avisos insistentes da possibilidade de eu te amar. Você que sabia que seu sentimento não era tão forte quanto o meu, mesmo assim insistiu. Você, que sabia da minha intensidade, da minha insensatez, da minha renúncia. Você, me ensinou a ser egoísta, não foi da sua vez, mas será desta vez...

Nós, que já nascemos com os dias contados, com as lágrimas nas palavras, com os toques e as vibrações e tudo o mais exagerado. Nós, que sentimos coisas que julgávamos avulsas a nós, intensificamos tudo. Nós que sabíamos da possibilidade do amor, da possibilidade da reciprocidade, ou não. Nós que sabíamos de tudo, que esquecemos o racional, o emocional, nos perdemos de nós. Nós que não somos nem metade, nem inteiro, nem nada. Nós, que agora egoístas, somos sempre sós, um só, cada um só...só desta vez...

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Quanto?

Imagem retirada da internet

Quantos milhares de quilometros tenho que percorrer até perceber que meu caminho para casa nunca é o mais curto?
Quantas páginas do velho caderno vão ser ocupadas com as mesmas palavras?
Quantas horas do meu dia/noite/ sempre entardecer, vou perder, até notar que o tempo não volta?
Quantas mais lições vou tomar/ aprender/ensinar, vou calar, até não querer mais saber?

Quero os campos, os montes, as fontes dos tantos outros lugares por onde vou passar.
Quero o longe, o impensado, o intocável.
Quero o silêncio da palavras duras, quero que se calem minhas palavras, não quero mais me enrolar como se fosse um papiro a se esconder.
Quero o arrastar das horas sem ponteiros, não quero ser pontual, quero ver o dia passar, olhar. Ver o céu azul ficar amarelo, negro e novamente azular.
Quero ser mestre das ciências desconhecidas, ensinar ao mar como nada, como nadar, como ser um só ser e ser (aprender a ser) quem já não sou mais.

Quantas lágrimas são precisas para um sentimento ser verdadeiro?
Quanto suor é necessário para um trabalho ser recompensado?
Quanta saliva é preciso para demonstrar um sentimento?
Quantos sorrisos para se mostrar que é feliz?
Quantos papéis para provar que nada é o que se diz?
Quanto custa a felicidade?
Ela se compra com papel verde? se vende com onças, com peixes?
Ela se perde como se tivesse em um labirinto para não mais ser achada?
Onde ela pode ser encontrada?

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Ganhei um poema

Branca, branco, plúmbeo, róseo
Não sei cor, nem cheiro, nem tesão
Sexo fugaz, de gosto assaz quente
Sensualmente dançando, pernas entre pernas
Rosqueando seu corpo com as úmidas
Mãos do desejo carnal, procurando ávidos
Uma realidade amedrontada, pueril talvez
São torpores para almas desavisadas,
Bunda de negra, seios de branca
Olhos de pantera, pele de menina
Algo sem explicação que me atraia, algo
Incomum, isócrono eu me pergunto és
Tão fervilhante? Eu me perguntava, será?
Será que esse deus tem sexo?
Será Deus ou Deusa?
Atenas, Ades, Era, Hércules?
Eu me procurava naquele olhar,
Sugava aqui cheiro salgado de suor
Eu a queria junto a mim, queria, eu sentia
Eu desejava, tanto quanto os esfomeados
Desejam uma refeição, aquelas ancas
Eu me perguntava, mas, algo, alguém
alguma dilatação em minhas pupilas
Não, era ela, menina-menino era ela
Com seu fitar sexy, era ela
Ela me deixou por longos 13 segundos
A pensar, eu sou eu?
Mas não, nada, ela me escapou
Escapuliu feito água entre os dedos
Ficamos no desejo, apenas limítrofes
A um desejo angelical de penetrá-la
Em pele, beijos, abraços e toques
Ficamos, pois amigos, amigos-homens-mulheres
Amigos de possibilidades profundas
Que se reverenciam, em palavras
Jeitos, cor, som e gritos
Chegamos ao fim, em olhares, não enfim...

By: I.S.

Ganhei esse poema em 07/08/09

É um tanto erótico, mas quem sou eu para sensurar a liberdade de qualquer pessoa falar o que quer que seja. Ao contrário, sinto-me lisonjeada com tal honraria, mas por favor, menos no próximo. *risos*.

domingo, 9 de agosto de 2009

Carta de um egoísta.

Já se passou mais de um mês que nos conhecemos. Mais de um mês que nos beijamos e não penso em outra coisa que não seja você.

Compreendo, ou acho que compreendo como você está, contudo não vejo como pude mexer menos com você.

O balanço da dança foi tão intenso que até agora não paramos de dançar. Eu ainda espero que isso tenha sido uma peça que sua mente tenha pregado em você mesma. Não consigo parar de pensar em você sem mim.

Eu, mais uma vez, não consigo deixar você e seus carinhos, desde os mais íntimos, quando ficamos sozinhos, até os mais simples, como seu olhar cruzando o meu. Não me atrevo a dizer qual o melhor deles somente que foram ótimos e eu os quero constantes na minha vida.

Ainda quero ter aqueles ditos "trabalhos" que você dizia me dar, te buscar a qualquer hora, a qualquer momento, sobre qualquer circunstância e com qualquer sorriso. Quero te mostrar que o trabalhoso às vezes se chama prazeiroso.

Eu ainda quero ser o primeiro a te dizer: "bom dia flor do meu dia" e ser o último a dizer: "boa noite, durma com os anjos, mas sonha comigo".

Ainda quero que você continue povoando meus dias como povoa meus sonhos. Sonhos esse que acontecem desde o dia que te conheci e acontecem até hoje. Eu ainda quero fazer teu café-da-manhã e levar na cama, ainda quero te dar manhas bacanas, carinhos, docinhos... flores. Ainda quero te dar prazer com meus beijos e quero te fazer extremamente feliz. Feliz como você nunca imaginou ser... essa é a forma de um egoísta, como eu, dizer que te quero.

"Ame a vida, pois nascemos para amar... E se alguém lhe perguntar o que fizestes da vida diga apenas:...'AMEI!'"


Este texto não é meu, um amigo mandou e disse eu poderia publicar.

A carta mostra para mim que realmente não sou a última romantica...

Força e perseverança Migo!!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Tudo e nada.

Tudo no início não era nada.

Era um ônibus
A estrada
A partida
A espera pela chegada.

Antes nada era simples,
Era difícil de forma diferente.

No início era o pensamento
Fixo em algum lugar no espaço e no tempo.
Sem espaço no tempo de pensar.

Antes era eu aqui e minha mente a vaguear.
A procura do que se perdeu pela estrada.

Tudo no início era nada.
Um pensamento à toa
Uma pausa na caminhada.

Tudo no início é nada.
Sempre é sempre nada.
Nada quer dizer nada
E nada significa alguma coisa.

E nada é simples
(mesmo que antes de tudo haja um outro tudo que agora também é nada)

No início não era nada
Nem casa
Nem estrada,
Nem história,
Nem memória
Era apenas uma lembrança vaga
Um flash
Um lapso

No fim tudo é nada
É um ônibus, a estrada
A partida e a chegada.
Apenas mais uma viagem.

Depois tudo é difícil de forma diferente.
No fim o pensamento se concretiza
E agora fixo em outro lugar
Com espaço e tempo para estar.
Tempo marcado, contado

Depois sou eu aqui e minha mente a martelar
Me oprimir por não fazer nada.

Tudo no começo é infinito
Tudo há tempo para viver a eternidade
Tudo no fim é nada
Tudo um dia acaba.

A eternidade chega rápido de mais.

Telefone

O quarto estava escuro, a luz apagada porque quando sentei à frente do computador ainda era dia. Um raio de luz da lua entrou pela minha janela aberta e me fez estranhar aquele clarão em meio ao céu que ficava nublado. Fazia frio e tudo o que eu queria naquele momento era ficar embaixo das cobertas, mas tinha trabalho a fazer. Estava Ouvindo músicas antigas que me faziam voltar a um passado onde amores não me atormentavam, onde minha maior preocupação eram português, matemática e Cia (no ensino fundamental).


Tudo estava como todos os dias. Eu, o computador, a Tv ligada passando algo que não sei o que era porque não presto atenção, vez ou outra ia na geladeira pegar uma fruta pra comer. Tudo igual a todos os dias... mas eis que o telefone toca. Procuro-o na bagunça da minha mesa e é seu nome que pisca na tela

O coração dispara, espero um pouco, dois, três toques, tento me acalmar, atendo... Conversa seca, sem assunto, cheia de meias palavras, de insegurança de ambas as partes, cheia de receio. Pouco mais de dois minutos de conversa e já parece uma eternidade. Gosto de saber que me ligou, mas não sei o que dizer, prefiro não me expor, afinal desta vez estou tentando ouvir meus alarmes.

A chuva cai fortemente fazendo muito barulho na minha janela logo que o telefone é desligado, parece que o céu fica triste por mim (ou comigo?).

Talvez eu tenha errado naquele dia angustiante quando pedi que não me ligasse mais, meses atrás. Talvez eu tenha errado quando liguei uma semana depois arrependida da minha atitude. Ou talvez eu tenha acertado mesmo? Quanto mais tempo passa, mais me confundo... Uma parte de mim se perdeu naquele dia, naquela semana, uma parte que não tenho mais, assim como a outra parte que ficou alguns posts atrás.

E assim de parte em parte eu fico para trás, de parte em parte eu abandono o passado, de parte em parte eu me perco para me encontrar apenas em mim.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Olhos

Olhos me veem como eu não via há tempos
Como não me verão mais.
Bocas me sentem como nunca sentiram antes
Como não sentirão beijos iguais.
Corpos me tem. Olhos me tem. Bocas de quem?
Gestos!
Em vão...

Os olhos veem os olhos de quem me vem
Veem a mim e tão rápido vão
Vão de mim, sem mim, me deixam e me levam.
Vão inteiros, levam uma parte que me tem.

Uma parte que não era minha por completo
Algo que precisa se juntar
Algo que se junta e se deixa separar
E que quando vão, nada deixam no lugar.

Os olhos veem os olhos, as bocas, as mãos.
Os olhos veem os óculos, as roupas, os batons.
Os olhos veem os gestos, as pausas, o nada.
Os olhos admiram calados a boca que fala.


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Eu escrevia

*Pensamentos em momentos que não merecem reflexão
O melhor é deixar passar sem dar atenção aos acontecimentos
Pra que pensar se dessa mente não sai nenhuma solução?
Pra me martirizar, dar maior dimensão a pequenos momentos.*

***
Escrevia para não esquecer, ou para esquecer.
Escrevia para tornar as coisas pequenas.
Pequenas palavras em pequenos textos de pequena importância.
***
Grandes anseios em pequenos gestos.
Noites longas de mais em pequenos dias.
Grandes momentos em pequenas horas.
Grandes falhas em pequenos acertos.
Grandes atos em nenhuma recompensa.
Pequena menina, pequena mulher.
***
Escrevia por não ter o que fazer.
Para não pensar em outras coisas.
Para não demonstrar sentimentos.
Para me perder sozinha em mim mesma.
***
Escrevia porque perdi a capacidade de falar.
De sorrir, de tentar entender.
E talvez a capacidade de esquecer.
Perdi quando me deixei perder em uma ilusão.
Quando me procurei em outros e me esqueci dentro de mim.
***
Escrevia porque era tudo pequeno demais para viver
Era tudo pequeno demais para entender
E toda a grandiosidade dos acontecimentos
Se resumia na pequeneza das palavras.

sábado, 1 de agosto de 2009

Quando percebi que não era mais eu.


Quando voltei a ser eu percebi que não percebi que não era mais eu.
Percebi que deixei de ser eu por pouco tempo de mais.
Percebi que queria continuar a ser o outro eu que eu não sou.
Por algum tempo eu me via diferente, eu me via realmente e quando eu parei de ver, percebi que voltara a ser eu mesma.
Foi um tempo encoberto.
Deixei de ser eu perdida entre sorrisos e fumaça.
Cercada de alegrias que se dissolviam no ar...
Esse tempo durou séculos e não demorou tempo algum.
Enquanto isso eu conseguia sentir e me sentir.
Conseguia saber, ouvir, ver e até falar...
Esse tempo acabou, quando percebi já voltara a ser eu mesma.
Tudo acabou, voltou ao seu lugar.