terça-feira, 9 de setembro de 2014

Aquela que se posiciona nas eleições ou revoltada com a massa que não sabe votar

Estou de saco cheio desses escândalos envolvendo políticos. Agora é que não voto mesmo no segundo turno, nem aquele voto de medo do Brasil ser dominado por uma evangélica-homofóbica-que-muda-de-opinião-mais-do-que-de-roupa. Reclamo tanto da corrupção que não vou me dar ao luxo de ir contra meus princípios por medo. Não votarei em Dilma, nem em Marina, muito menos em Aécio. Estou em dúvida ainda entre Eduardo Jorge e Luciana Genro no primeiro turno. 

Para deputado também, tem um monte aí parasitando a Câmara Federal e a Assembléia Legislativa sem dar uma gota de contribuição à população a não ser se vender para quem pagar mais. 

Vou votar em Seu Ciço para estadual e em Renan Palmeira para federal. Senador ainda não me decidi, mas também ha candidatos que já tiveram chances e chances e nunca mostraram para que vieram, além de um acusado de plagio de projeto. 

Para governador meu voto vai para Tarcio Teixeira, apesar do medo do candidato Casse-o ser eleito em primeiro turno. Vou dar meu voto utópico sim, por uma Paraíba muito melhor, apesar de admitir que Ricardo tem sido um governador em infinitos aspectos melhor que Cássio e que talvez eu possa votar nele num segundo turno. 

Não digo que minhas escolhas são perfeitas ou certas, mas não voto de cabresto. Ninguém está me obrigando ou pedindo, estou analisando os projetos e a forma como lidam com questões que me afetam pessoalmente, que afetam a população brasileira de forma positiva. Não vote por que candidato A é bonito ou porque o pastor ou o padre mandou, ou ainda por medo de perder benefícios como o bolsa família porque nenhum governante vai extingui-lo (talvez o pastor Everaldo). 

Vote com convicção, acreditando que o candidato será o melhor para a nação ou para o estado e não apenas para a própria família ou um grupo de pessoas (geralmente a classe alta e empresários). Escolha com consciência porque a única arma que temos contra a corrupção e para melhorar o nosso país é o voto.


segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Um agosto qualquer

Hoje novamente um parente me falou que meu pai brada aos quatro ventos o quanto tem orgulho de mim, já ouvi de outros e até dele mesmo alguma vez. Então fiquei me perguntando, do que ele tem orgulho? Meu pai sequer me conhece, duvido que ele saiba quantos anos eu tenho, que meu cabelo já está ficando branco, que ele conheça meu sotaque ou saiba a cor dos meus olhos. Talvez se eu passasse na rua, ele nem me conhecesse.

Meu pai não sabe os perrengues que passei para chegar aqui, nem como eu fiz para me virar quando tinha três empregos que não pagavam quase nada e ainda estudava. Ele não sabe que eu já fui vendedora de cartões para uma ONG, ou de cartões de crédito, ele não sabe da minha passagem por um restaurante no shopping Tambiá, nem de quando fui monitora escolar numa comunidade em Bayeux e tinha que pegar alternativo (um deles, o motorista prendendo o cinto no freio de mão) ou quando fui recenseadora nas proximidades do presídio do Roger.

Meu pai sequer ligou para me parabenizar quando passei no vestibular, ou quando me formei, mas se orgulha em dizer que tem uma filha jornalista.

Meu pai não teve um centavo de participação no meu apê, mas espalhou para todos que tinha comprado um para mim quando eu ainda era adolescente. Aliás, ele sempre foi mestre em aparecer de vez em quando (de vez em quando mesmo), oferecendo mundos e fundos e não cumprindo nada.

Meu pai não tem motivos para se orgulhar, ele nem conversa comigo para saber como está minha vida. Não sabe nem qual o dia do meu aniversário. E a única coisa que me agrada em relação a ele, é desmentir todas as coisas que ele diz para os parentes, ainda assim pela total falta de consciência dele, por parecer que não há o mínimo problema de ser pego na mentira, isso não faz nem sentido. Não tem porque meu pai se orgulhar de mim, porque ele simplesmente não sabe quem eu sou!

Onde estão os gatos quando se precisa deles? ou tinha uma barata no quarto

Estava tranquila estudando, passando o jogo na TV para fazer um som ambiente quando de repente ouço aquele barulho de asinhas. Fiquei desesperada sem saber de onde vinha, foi só achar o local e lá veio a barata voadora na minha direção. Ela percebeu meu medo e se jogou com tudo de cima do guarda-roupas mirando o meu rosto. Só deu tempo de pular da cama e correr para a varanda. Ela caiu exatamente onde eu estava sentada e ainda se jogou em mim novamente, fechei o vidro da varanda e me tranquei do lado de fora (grande trabalho hein. Deixei a casa toda para a barata).

Modi estava trancado comigo do lado de fora, como ele sempre faz quando acontece alguma coisa, corre para perto do primeiro humano que aparece e fica entrando na frente impedindo a pessoa de andar. Já Mestre Yoda saiu em disparada para debaixo da cama onde ainda está, com medo.

Entrei pelo outro lado da varanda e não vi a barata. Comecei levantando as coisas que estavam em cima da cama com muita apreensão para ela não me atacar novamente, depois com menos cuidado, sacudindo mesmo, e finalmente chutando as coisas que estavam pelo chão na expectativa de não dar reação para ela quando a encontrasse. Enquanto isso, Modi procurava só onde eu já tinha olhado. E acompanhava o movimento das minhas mãos, mas parecia nem se dar conta que tinha um monstro voador comedor de carne humana aterrorizando meu quarto.

Finalmente minha tática de chutar deu certo. Ela caiu no chão de barriga para cima e eu venci! Fui pegar a pá e vassoura para jogá-la fora e Modi todo saltitante ao meu lado, voltei e ele ainda não tinha percebido que tinha um inseto no chão (logo ele que é um caçador exímio de muriçocas). No fim, entre mortos e feridos, só a barata que se deu mal. O único problema vai ser ter que lavar todos os lençóis de cama e as roupas que ela encostou amanhã.